DEZESSETE

O amor é lindo.

Quem ama não vê e não sabe contar. Perde a noção de tempo e de espaço.

Uma senhora resolveu visitar seus parentes no Rio de Janeiro.

E não faz muito tempo. Arrumou a mala, comprou a passagem, se despediu do querido esposo e de seus cinco filhos menores em idade escolar.

Em chegando a cidade maravilhosa, gostou demais... observou que lá ninguém vive a vida alheia.

Ela passou dezessete meses na capital mundial do carnaval, quando resolveu voltar para o aconchego de sua família,

seu lar, seus cinco filhos.

E ela não voltou só, porque três meses depois de ter retornado nasceu o sexto filho do casal. Houve festa, padrinhos e batizado.

A universidade da vida alheia lavava a roupa suja nas calçadas, nas ruas, nas igrejas, nas fábricas, no mercado, etc. E o marido não sabia. E nada sabe até hoje.

Mas como o amor é cego, não escuta, e nada conta, o rebento nasceu com vinte meses de gestação, porque quem planta em terra alheia não é dono do que plantou.

Na boca do povo a terra é de fulano e não de beltrano, por isso o menino é do marido porque a mulher é dele.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 04/07/2022
Reeditado em 04/07/2022
Código do texto: T7551990
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