Martinus

Como pude deixá-lo entrar?!

Eis que me questionava, após uma nostálgica, delirante conversa com meus pensamentos, que me levaram há um rosto que um dia achei conhecer tão bem.

Amor? Então me revisitou aquele amargo veneno delirante de uma nostálgica noite onde florescemos.

Nossos corpos se supriam em desejos ocultos, nossos lábios deslizavam em sintonia em nossos corpos nus.

Nossas escolhas naquele instante eram uma só voz: nós! Sim, nós outra vez entrelaçados em mútuo sentimento, firmamos nosso pacto: nós!

Mas, inusitadamente, sua mente devastada pelo desconhecido se submeteu aos nós e nos perdemos sem nos desatarmo-nos.

Ainda somos nós, porém entrelaçados separados por um equívoco do destino?!