Fragmentos de Um Amor Proibido

...Numa época em que os dias se desenrolavam como pergaminhos antigamente manuseados pelos sábios, havia um jovem de tez escura, um negro da nobreza e coração destemido. Seu nome ecoava pelos bosques como uma canção ancestral, misturando-se ao murmúrio do vento e às folhas que dançavam sob a luz da lua.

Esse jovem, com olhares penetrante e sedutor brilhava como estrelas em uma noite sem nuvens, encontrou-se enredado nos encantos de uma donzela pobre de pele alva. Ela era a beleza personificada, uma musa de traços singelos e perfeitos que pareciam esculpidos pelos deuses. Surgiria naquele cenário a promessa de um amor que transcenderia épocas e desafios.

O coração do jovem negro, pulsava acelerado diante da visão da sua amada. Inebriado pelo perfume daquela pele alva , ele mergulhava em um oceano de sentimentos, onde a cor da pele nem sempre era apenas um mero detalhe, mas o que realmente importava era a magia que emanava de seus seres entrelaçados.

Em noites estreladas, o jovem negro e sua branca amada se encontravam sob os ramos frondosos de uma árvore ancestral, onde juras de amor eram sussurradas como antigas profecias. "Ai de mim perder o sabor dos teus beijos, ó minha branca amada", murmurava ele, enquanto ela respondia com promessas de eterna fidelidade.

Era ali, à sombra daquela árvore, que a donzela desvelava os contos de fadas mais vibrantes, histórias de reinos distantes e amores que desafiavam as convenções. O jovem negro bebia cada palavra como se fosse o néctar dos deuses, e em seus olhos, encanto, grande admiração daquela beleza intocada.

Nesse idílio encantado, juravam amor eterno, prometendo não se perderem de vista, como se o destino tivesse entrelaçado seus destinos com fios invisíveis. "Não há corda que se parta e não há medo que nos tome", murmuravam em uníssono, desafiando o curso implacável do tempo.

E assim, envoltos na magia de um amor verdadeiro, o jovem negro e sua branca amada eram como colchas de retalho, cada pedaço de suas vidas entrelaçado para formar uma tapeçaria única e bela. Unidos na devoção mútua, eles desafiavam as barreiras do mundo medieval, onde as cores da pele se perdiam diante da grandiosidade de um amor que transcendia qualquer fronteira...