A espera

Escura madrugada de insônia ouve o ronco do motor chegando no portão, depois na garagem o rangido da velha porta que não existe mais, logo os passos se aproxima da sua janela que fica bem ao lado do quintal não tem dúvida ele está chegando! Passa um bom tempo o silêncio é quebrado pelo assobio do vento que entra pelo vão do vitro mal fechado. Cobre a cabeça um calafrio corre todo interior de seu corpo com medo pensa: “Será que estou ficando louca”? Adormece naquele dilema entre sonhos e pesadelos o um novo dia amanhece, levanta ao passar pela sala vê que tudo está normal e o retrato na parede esta estático e observa como era fotogênico. Depois da higiene matinal sentada na mesa sozinha fica olhando a xícara de café fumegando pensando como fomos felizes aqui. Nesse devaneio passa uma das mãos na cadeira ao lado como se ela estivesse companhia; levanta com ternura e delicadamente pega o laptop e busca terminar o romance que conta a vida de um casal que foi separado seus corpos mas não a suas almas.