A CARTADA FINAL

Façam seu jogo senhores.

SÓ ganha nesta, a vermelhinha.perde nesta e nesta

Quem vai apostar?

Quem conhece o jogo da carta vermelhinha,sabe que este e um dos principais truques usado pela malandragem a fim de enganar os incautos.

Foi num sábado a noite no armazém do Zé Maria que, um tal de Baiano , um tremendo malandro começava o tal jogo.

Ganha nesta, perde nesta e nesta,dizia enquanto dispunha as cartas.

Baiano dezafiava os presentes a apostar onde estava a carta ganhadora.

Eu sem nada pra fazer, fiquei observando o tal jogo.mais sem participar.

Zé Maria e alguns dos seus fregueses se aventuravam no jogo e assim já perdiam algum dinheiro quando o malandro do Baiano armou a cartada final.

Eu já vira o tal jogo algumas vezes mais aquela ultima cartada me surpreendeu e ate hoje,passados muitos anos eu não estendi aquela jogada.Nunca vi nada igual.

A jogada foi a seguinte>

Baiano mexeu as cartas e de repente disse que ia ao banheiro deixando o jogo armado dizendo ao motorista do táxi em que estava, para que este não deixasse nenhum espertinho ver as cartas,

Eu sabia muito bem quem era aquele motorista de táxi,era o Wagner.um cara que servira o exercito comigo em 1970.um grande malandro..

Bem, vamos então a cartada final,chega de conversa.

Enquanto Baiano se demorava no banheiro,o Wagner vai ate as três cartas e levanta a vermelhinha para que todos a vissem.Baiano ia se dar mal naquela jogada traído por aquele motorista inescrupuloso?

Será?

Bem o Baiano voltou do banheiro e perguntou ao taxista se tudo estava como ele havia deixado.

Tudo bem disse o taxista.

Muita gente foi seco na carta do meio que todos viram o Wagner mostrar.Zé Maria então,na ânsia de recuperar o que tinha perdido,foi ate a gaveta onde estava a feria daquele dia e apostou tudo na carta que ele sabia ser a ganhadora.O baiano ia se dar mal.

Os outros também dobraram as apostas e na hora H,Zé Maria deu um salto e virou a carta que ele jurava ser a ganhadora.

Não me perguntem que eu não sei explicar ate hoje,passados tantos anos

Mais a carta em suas mãos era a preta.