567-2-EM BUSCA DE SUZANA-Tarzan e os Homens Morcegos-7a.parte

Texto Inspirado nas aventuras de TARZAN, personagem criado por Edgar Rice Burroughs(1885-1950) a quem presto minha homenagem.

7 –Tarzan parte em busca de Susana

Sem dar atenção aos dois homens desmaiados, os homens-morcegos agarraram Susana, puxando-a para fora do helicóptero. A moça tentou lutar, mas seus esforços foram completamente nulos ante a força inaudita dos homens-morcegos: com cerca de dois metros, musculosos e ágeis, além de toda a maldade expressa nos seus rostos bestiais, facilmente eles a subjugaram.

Um tapa no seu rosto a deixou zonza, o que facilitou o trabalho dos homens-morcegos. Foi então fortemente amarrada com tiras de couro às costas de um gigantesco morcego humano. Correndo rapidamente, esse carregador se atirou do alto da torre e planou, como se nada estivesse amarrado às suas costas. Susana sentiu a vertigem causada pelo saldo no escuro e para sua própria sorte, desmaiou.

O velho Mac voltou a si a tempo de ver os outros morcegos humanos preparando-se para saltar da torre. Lutando para sair da tontura causada pela pancada que recebera, atirou a esmo, pois a confusão de sombras contra o brilho da lua não lhe permitiram fazer mira. Mas ouviu gritos de dor e um dos homens morcego pareceu despencar para o negrume da floresta, centenas de metros abaixo.

=Filhos da puta! Pelo menos um foi atingido. =Gritou o professor. =Mas eles levaram a moça!

Tarzan voltou do desmaio. Passou a mão pela cabeça, que ainda sangrava.

=Eu...ouvi um barulho...o senhor atirou? Que aconteceu?

=Suzana foi levada pelos monstros voadores. Foi capturada. Eles a roubaram bem debaixo do nosso nariz. = Histérico, o professor ainda deu alguns tiros, esgotando a carga do revolver.

Tarzan tentou se lembrar dos últimos momentos de consciência, antes de desmaiar, colocando uma ordem nos pensamentos.

= Planadores humanos...que levam nos dentes pedras amarradas a tiras de couro...silenciosos como a brisa! Não é para espantar que nos tenham apanhado de surpresa, professor.

= Sim, foi o que aconteceu. Mas que faremos agora, Tarzan?

=Antes de mais nada, vamos ver se as pedras causaram avarias ao helicóptero. Parece que centenas de pedras foram jogadas aqui. Se o aparelho estiver em condições de voa, vamos procurar Susana nas outras torres.

Usando a potente lanterna, o professor verificou o estado do helicóptero. Não demorou muito para verificar que havia problemas.

=A tubulação de gasolina foi amassada e não permite a passagem de combustível. Também parte da fiação está arrebentada. Posso consertar tudo sozinho, mas levarei tempo. E só poderei trabalhar com a luz do dia.

=Não podemos esperar tanto tempo. Os homens-morcegos de certo vão matar Susana a qualquer momento, aproveitando a lua cheia para oferecer o sacrifício. Talvez esta noite mesma façam isso.

=Pelo menos atingi um daqueles desgraçados... = comenta o professor.

Sem dar atenção à informação do velho Mac, Tarzan preparou-se para partir.

=Não posso esperar tanto tempo. Vou partir imediatamente. = dependurando no ombro seu arco e o estojo de flechas dependura, pediu ao velho: = Me dê algumas bananas de dinamite e espoletas.

A contra-gosto, o professor entregou ao amigo o que ele pediu, aconselhando-o:

=Não faça isso, Tarzan. Nenhum ser humano poderia descer por essas “torre”.

Já dependurado em sua corda e iniciando a descida, Tarzan responde:

=Tarzan é humano, mas foi com os macacos que me criaram que aprendi a fazer escaladas e descer por encostas mais lisas do que estas.

Alguns metros mais abaixo, gritou:

=Quando tiver acabado de consertar a máquina, venha me procurar = caso eu ainda não tenha voltado.

Mais para si do que para Tarzan, o professor falou, baixinho:

=Você só voltará...se conseguir chegar vivo lá em baixo.

continua

Antonio Roque Gobbo

Conto # 567 da série 1.OOO Histórias

Belo Horizonte, 7 de outubro de 2009.

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 09/12/2014
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