Solte a panela

Solte a panela

Em determinada região andava numa floresta um grande urso. que faminto procurava algo para saciar a sua fome.

A época era de escassez, mas com seu faro extraordinario ele sentiu o cheiro de comida e farejando acabou por encontrar um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, ao local o urso, percebeu que o acampamento estava sem ninguém e então dirigiu-se até a uma fogueira onde ardia lenha e estava a ser cozinhado num panelão a comida que procurava.

Conseguindo retirar da fogueira o panelão o urso abraçou-o com toda a força e ncostando-o ao peito e enfiou a cabeça dentro da panela e começou a , devorar tudo o que nela estava.

Enquanto com ansiedade abraçava a panela nem deu conta que algo o estava a acontecer pois uma ardência e dor começou a atingir-lhe a zona do peito. Na realidade o calor do panelão queimara-lhe o pelo e o calor intenso da tina já lhe estava a queimar a carne....

Ele ficou bastante queimado nas patas, no peito e em todos lugares onde tinha encostado o panelão que tirara do fogo.

O urso nunca havia experimentado uma sensação tão dolorosa e com a fome e a ansiedade em não perder a refeição interpretou a ardência no corpo como uma coisa que apenas lhe queria impedir de comer.

Durante aqueles momentos de ansiedade urrava muito alto, mas quanto mais mais alto rugia, mais encostava e apertava a panela quente contra seu peludo corpo.

Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele urrava segurando-a contra o corpo e agravando as queimaduras no corpo.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida mas já sem vida.

O urso estava coma profundas queimaduras onde a panela estava colada. A pesar do sofrimento deste pobre animal o mesmo, apesar de morto, mantinha a expressão de que continuava rugindo.

Quando terminei de ouvir esta triste história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas com a convicção de que é o mais importante em nossa vida.

Algumas delas nos fazem gemer de dor queimando-nos por fora e por dentro; mesmo assim ainda continuamos a considerá-las como as mais importantes.

Temos medo de abandoná-las e esse medo acaba por nos colocar numa desesperada situação de sofrimento, angústia e desespero.

Apertamos essas coisas contra nossos corações e acabamos por ser derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos até à morte.

Para que tudo dê certo na vida, é necessário que reconheçamos, que nem sempre o que parece ser a nossa salvação é o que nos vai permitir as melhores condições para prosseguir e alcançarmos os nossos objetivos.

É preciso termos a vontade e coragem mas perder a visão e consciência do que nos está a acontecer. Foi precisamente o que estye pobreo urso não teve…

Tire de seu caminho tudo aquilo que não é o mais importante para viver em Paz e de Consciencia tranquíla.

Nem todo objetivo justifica o uso irracional de certos meios.

Solte a panela! …

Faro, 08 Julho 2015

Gualberto Marques
Enviado por Gualberto Marques em 08/07/2015
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