A Batalha do Castelo Forlorn - Parte V - Casos de Família

Depois de nosso encontro com os druidas, ficamos em Forfarmax para conseguir mais provisões na nossa viagem ao Castelo Forlorn.

De acordo com o mapa, levaríamos mais dois dias para chegarmos lá e ficamos ainda mais inquietos assim que recebemos as informações a respeito de batedores goblins que estavam nas proximidades do monte Matald.

Para piorar ainda mais as coisas, dois dos clãs ainda não se manifestaram e um terceiro recusou-se a colaborar devido as divergências existentes com alguns druidas.

Trocando em miúdos, uma briguinha de vaidades desnecessárias neste momento tão complicado.

E olha que nem falamos aqui de Aidan que apesar de seus primos terem atendido nosso chamado, eles ainda o desprezam por sua suposta covardia.

Vareen perguntou a Beclan um pouco mais a respeito do Castelo Forfarmax e o druida respondeu que seus antigos donos eram os senhores do seu mundo antes das Brumas o envolverem e levarem para este domínio.

Disse ainda a respeito de Isold, uma das primas de Aidan, pretender destruí-lo comandando uma caçada selvagem e culpando-o por todos os males que os lobisomens passaram.

E chegamos a conclusão de que Isold foi a responsável pelo ataque que sofremos daquele monstro de pedra.

Vareen armou uma estratégia bem interessante para esta questão.

Iriamos novamente encontrar aquele monstro de pedra que teoricamente nos levaria até Isold para tentar desfazer esse mal-entendido o mais depressa possível trazendo os wargs para o nosso lado.

Como parte do plano, resolvemos investigar o misterioso sangue que havia surgido das profundezas da terra.

E lá na caverna encontramos o motivo de todo aquele sangue.

Era Isold.

Tinha se suicidado cortando seus pulsos, o que significa convocação para uma caçada selvagem.

E Aidan corre perigo.

Por que ele era o alvo principal da caçada.

E nós tínhamos que resolver esse caso de família o quanto antes.

* * *

Depois de um pequeno debate sobre o que fazer a seguir, resolvemos de comum acordo levar o corpo de Isold para ser enterrado com Beclan juntando-se a nós na viagem.

Era meio-dia. O almoço estava delicioso com os peixes e mais alguns condimentos que melhoraram um pouco o sabor.

Nenhum de nós trocou uma só palavra a respeito disso e assim que chegamos ao vilarejo, tivemos uma recepção calorosa do povo e de seu líder, o jovem warg App Tristol.

Vareen pediu a palavra e foi a uma espécie de palanque para fazer seu discurso de incentivo dizendo a eles que nunca desistam de lutar por sua liberdade e de unirem-se para acabar com a tirania dos goblins.

Óbvio que o povo recebeu esse discurso com entusiasmo e o clérigo, para nosso alívio, não falou nenhuma besteira ganhando a confiança deles no processo.

Assim que Vareen terminou seu discurso, Nikolai e eu resolvemos averiguar todas as defesas do vilarejo.

As muralhas eram resistentes, mas o problema todo está na entrada que era vulnerável a um ataque frontal de uma tropa bastante numerosa.

Nesse meio tempo, enterramos Isold de forma digna atendendo ao pedido de App Tristol e logo fomos dormir depois de um dia bastante agitado.

Todos menos Vareen.

Ele acordou assustado e encharcado de suor e saiu correndo desesperado para o quarto adjacente onde eu estava indo limpar minhas armas após escrever uma parte do relatório para o capitão William.

Pedi ao clérigo para acalmar-se e contar-me este sonho desde o início. Ele me disse que havia sonhado que sua cabeça havia sido arrancada pelos wargs com seu corpo sendo esquartejado.

Fiquei preocupado com isso e disse ao clérigo que talvez Caleb pudesse ajudar na interpretação desse sonho que em minha opinião seria um sinal de uma terrível batalha que estava prestes a acontecer.

Mal acabei de falar isso e Vareen e eu vimos um clarão ao longe ouvindo em seguida um forte barulho de trovão.

Uma terrível tempestade se aproximava e com isso a temperatura começou a cair muito rapidamente.

Depois ouvimos o barulho de trombetas e os gritos desesperados das pessoas arrumando seus pertences pessoais nas carroças.

Acordamos Caleb e Nikolai e relatamos o ocorrido aos dois que ficaram alarmados.

Imediatamente fomos até App Tristol para relatar o que estava acontecendo e ele entregou o mapa de Forlorn a Caleb.

Aquelas trombetas que Vareen e eu escutamos eram de batedores wargs que chegaram com informações aterradoras.

Havia duas armadas de goblins ao norte e outras duas a noroeste se aproximando da vila para um ataque maciço.

Tínhamos velhos, crianças e doentes para proteger.

E a tormenta estava cada vez mais forte.

Ainda assim, só tínhamos uma coisa a fazer naquele momento.

Fugir.

MarioGayer
Enviado por MarioGayer em 10/11/2018
Código do texto: T6499533
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