O Guerreiro...A história. Parte 24.

Um homem a quem havia salvado a vida começava tomar notoriedade entre os novos chefes da fronteira e da contavenção.

E ele teria uma grande influência na minha vida.

Juan José rapidamete pela sua inteligência e bravura começou a se destacar na organização e morando na faixa de fronteira sendo pobre e sem nenhuma possibilidade de estudar, subir ou crescer na vida...Só havia um jeito para quem via de baixo e só se conseguia algum destaque através das malandragens...

Podia ser pela força, pela violência e especialmente pela inteligência que era inata em meu amigo Juan José

Ele era muito esperto e Juan José era uns desses personagens.

Pouco estudado, mas astuto e corajoso.

Seu único medio de subir na vida era assim.

Usando o que tinha nas mãos.

Os que decidiram trilhar este caminho eram bem espertos e como eram!!!!...

Através de estás habilidades conseguiam destaque e aqui na fronteira conviviamos com a violência e a contravenção.

Sempre foi assim por aqui.

Num lugar que a quarenta anos atrás ninguém queria vir e sem a lei presente a força bruta servia para impor vontade e desejos.

Quem conseguia se impor pela força e especialmente pela astúcia conseguia ganhar seu espaço e poder.

Chegava a ser um "Dom"...

Assim foram se formando vários grupos de poder e cada grupo tinha uma área de atuação.

Quando Juan José chegou muitos quiseram eliminá-lo, mas ele sempre conseguia escapar de todas as arapucas que tentaram contra ele.

Era muito temido e quando forçado era cruel e sanguinário.

Conheci o pivete ao chegar a Capitão Bado outra cidade fronteriça e também com particularidades muito especiais.

O lugar onde viveriamos para tentar assim recuperar alguma coisa de aquelas que haviamos perdido...

Estava caminando distraídamente o que em esse paraje esquecido por Deus era um terrível pecado.

De repente a minha pequena sacola sumiu das minhas mãos e quando me dei conta o garoto estava correndo...

Corria e olhava para ver se alguém o perseguia.

Fiquei petrificado por um momento.

Segundos se passaram até decidir o que fazer.

Ali meu cerebro recebe o comando e comecei a correr atás dele e tentando recuperar o que me havia sido furtado.

Recuperado da surpressa e da ação do garoto, gritei para meu irmão Juan Carlos berrando...Fecha a rua que Eu vou por aqui para pegá-lo lá na frente.

Não vendo ninguém no seu encalço e já desfrutando do motím...Se descuida e fica estupidamente surprendido e foi quando apareci puxando a sua orelha...desvencilhou-se de mim e retira uma faca da peixeira que tinha nas costas e como bom e genuino homem de estás bandas e como era costume por aqui...

Pensou que estava me ameaçando e perdendo a paciência le dei um soco tão violento que lhe atingiu o queixo e foi perdendo estabilidade e assim foi parar encima de um saco de feijão...

Recuperei a minha sacola e dei as costas ao pivete e fui embora e foi assim que conheci o garoto Juan José e que anos mais tarde seria o grande maioral da máfia da fronteira.

Independentemente do que ele fazia, sempre fomos amigos.

E o meu conselho para ele sempre foi...Seja discreto.

Não apareça muito. Que assim ninguém lhe nota em especial os federais.

Cuidado com os homens da lei que intentaram lhe prender e os corruptos que intentaram lhe tirar dinheiro. Cuidado!!!!

Este conselho partiu de mim porque agora os federais estavam na fronteira.

Agora que tudo estava resolvido e desbravado o governo queria a sua parte e se fazia presente para abocanhar aquilo que era do estado.

Era outra força que aparecia para dividir o bolo.

Este era feroz e muito perigoso, pois atuava baseado na legalidade e apoiado pela lei do país apoiado pelo exercito que era o guardião da fronteira, os federais, a policia civil e militar...Mais os grupos ilegais que estavam também famintos pelo tesouro!!!!!

Engraçado quarenta anos atrás aqui as coisas se resolviam de outra maneira...A bala!!!!

Mas agora os federais e o exercito se faziam presente e o governo queria uma grande fatia do bolo.

Os que desbravaram a s terras hostis já não serviam. Novos tempos...

Mesmo assim era gostoso viver na fronteira e mesmo no cu do Brasil e do Paraguai.

Tínhamos tudo o que os grandes centros possuíam.

Todos os recursos tecnológicos não faltava nada.

Estávamos bem servidos...Assim era a faixa da fronteira seca e eram 900 kilómetros de área selvagem que estava querendo ser domado e domesticado.

Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 29/11/2020
Reeditado em 08/05/2024
Código do texto: T7123408
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