O Guerreiro...Parte 32.

Olhei o rosto da minha mãe esperando por alguma magoa e só encontrei a sua compreenção...

As mães nunca ficam magoadas e elas entendem seus filhos.

- Eu tentei consertar o que havia falado e ao tentá-lo me comprometia mais.

Eu gosto de aqui e gosto de estar com vocês.

Minha mãe vai ficando mais perto, me abraça e me da um beijo e olhando nos meus olhos bem fundo me disse...

- No inicio de ano o teu irmão vai para São Paulo.

O convenio para estudar saiu e para uma cidade de nome Araraquara.

Ao escutar o nome da cidade... pensei que era engraçado como nossas vidas ficavam sempre ligadas a nossas origens e em guarani "Lugar das Araras"...

Eu vou acompanhá-lo e espero que você me acompanhe e poderemos ficar uns 15 dias.

Tu bem sabes que teu pai não gosta de viajar...

E assim conheceremos a familia do meu irmão Albino.

Eu repondi eufórico e cheio de planos...É fantástico mãe!!!!!

Estarei fazendo os preparativos e juntando uma boa grana para fazer um role legal.

Em janeiro de 1979 saímos de Ponta Porã com destino a Araraquara.

A viagem foi gostosa e quando chegamos percebemos que era uma tipica cidade universitária e me fez lembrar de Corrientes.

Chegamos e nos hospedamos em um bom lugar.

Melhor dizendo no melhor hotel da cidade a "Morada do Sol que em guarani era "KUARAGUY RETÁ"...

Que bom e pensando para meus botões...A familia estava voltando para aquilo que gostava e merecia.

Tomamos um banho gostoso e demorado.

Fizemos um lanche e nos dirigimos para a secretaria da faculdade.

Fizemos a matricula sem maiores problemas e preguntamos das hospedagens...

Nos informaram que estavam construindo uma pensão para estudantes a uns cinco quarteirões de ai e como estavamos perto fomos caminhando...

E reparamos que a cidade estava praticamente vazia o recesso escolar era a justificativa para tamanha solidão e esvaziamento da cidade...

Chegamos ao local indicado.

Reparamos que os pedreiros estavam dando os últimos retoques e trabalhando a todo vapor...

Uma senhora de cor sentada numa poltrona comandava as obras e a movimentação dos operários.

Chegamos até ela e minha mãe foi prontamente cumprimentá-la e já emendando imediatamente uma pergunta.

- Este local está sendo construído para alojar estudantes?

Ela respondeu que sim!!!!

A minha mãe devolvu com outra pergunta.

- Poderia me informar se ainda tém vaga?

Ela respondeu que ainda sobrava algumas.

Ela se levantou lentamente. Era uma senhora rechonchuda e muito simpática e a pesar da idade parecia bem agil no seus movementos e muito esperta...

Entraram na casa e depois de treinta minutos minha mãe voltou feliz...Havia fechado o negócio com sucesso.

Estava feliz pelo local que havia escolhido para meu irmão.

Fomos conhecer a casa e meu irmão estava radiante e muito feliz.

Se estava iniciando o seu caminar rumo ao seus sonhos e objetivos.

Esperava sinceramente que conseguesse completá-los.

A minha havia sid interrumpida e já havia perdido o pique e o tesão para voltar aos estudos.

Me conformava com a odeia de que estava atrás de algo que ainda não conseguia entender e decifrá-la.

Não sabia defini-la.

De Araraquara fomos para a capital do estado e para conhecero irmão da minha mãe. sabíamos de sua existenciamas nunca mantivemos contato.

Excepto minha mãe que através dos anos havia conseguido manter vivo o elo familiar...

Mas tanto meu pai e como minha mãe não eram muito ligado com suas respectivas familias e quando chegamos meu tío ficou tão surpresso e imensamente feliz pela presença da irmã e a sua querida irmã caçula.

Meu tío demostrava um grande carinho e afeto pela minha mãe.

A vida as vezes nos prega peças com as quais devemos conviver.

Melhor dizendo aprender a conviver...

O abraço do meu tio foi tão sincero que Eu também fiquei emocionado e nesse instante de emoçãoo meu espíritu fraquejou por um momento.

Recuperei rapidamente a compostura e quando apareceram minha tia e pimos já havia recuperado o equilibrio.

Tantas coisas foram ditas e tantas lembranças aparecendo...

Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 01/12/2020
Reeditado em 27/12/2021
Código do texto: T7124670
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