Ela lutou em vão... e venceu (a feminista machista)

//Autor: T<-X_ROCK<-¨i¨.4NN \\

Eram 3 agressores, entre os quais uma mulher.

Aquele vão apertado, que dava para o estacionamento do mini-shopping, dividindo duas alas externas, acabou sendo um erro de cálculo para a jovem Tânia, que queria apenas pegar um atalho que não a obrigasse a fazer o trajeto por dentro porque a caminhada seria mais lenta em meio à multidão que se apertava para as compras.

Foi aí que deu de cara com aqueles estranhos, mas apenas notou o perigo quando a mulher desconhecida a agarrou por trás. Ou seja: era um apertado estreito vão (lembrando um beco), onde teria que se desvencilhar dos agressores.

Porém, lutar em vão (ou beco) apertado não seria problema para Tânia. Era o que logo os bandidos descobririam.

Não sabiam com quem estavam mexendo.

A aparente vítima indefesa (Tânia) tratava-se de uma perita em várias artes marciais de defesa pessoal: Judô, Karatê, Aikidô, Kempô, Kendô, Savate, Capoeira, Box, Muay Thai, Kung Fu, Taekwon-Do e Unhada Mortal — e já estava treinando também Ninjutsu, combinado com Krav Maga, sem contar com aquela arma chamada de Nunchaku com formato de 2 bastões ligados por uma corda e que carregava na bolsa.

Não precisou muito tempo para os agressores perceberem que haviam entrado numa “roubada”, justamente quando tentavam roubar.

A mulher agressora foi surpreendida pela perita de artes marciais, que se defendeu num movimento rápido e em pouco tempo a bandida teve a peruca arrancada. Alguns segundos depois, a ladra já estava engasgada com aquele artefato que antes lhe enfeitava a cabeça e que lhe foi empurrado goela adentro, enquanto a vítima Tânia se desvencilhava e se preparava para o ataque de ambos os marmanjos que estavam (cada um) armados com o respectivo canivete e já colocavam nos dedos um dispositivo chamado de “soco inglês”.

O agressor que estava mais próximo nem teve tempo de entender o que se passava, quando Tânia puxou para si a ladra, que ainda estava sufocada tentando retirar metade da peruca de dentro da goela.

Na verdade, a bandida da peruca serviu de arma nas mãos da corajosa Tânia.

A assaltante era baixinha e serviu de arma, sendo atirada como um saco de batatas sobre a cara do agressor que havia atacado em primeiro lugar. O barulho surdo de dois corpos caindo nem foi notado por Tânia, que estava prestando atenção ao terceiro bandido quando ele soltou o canivete e parecia estar tateando a cintura como se dali fosse sair um revólver.

A arma de fogo estava mesmo na cintura do bandido, mas ele não teve tempo de sacar aquela máquina de matar à distância.

Tânia já havia prontamente executado um salto acrobático (mistura de Capoeira com Taekwon-Do), subindo uns dois metros do chão (que era muita coisa para a estatura dela, que media no máximo 1m70cm). Ela não apenas ficou suspensa no ar por uma fração de segundo, como também girou 180 graus e atingiu com um pé a maçã apodrecida do rosto do marginal (que era um coroa muito forte... aparentando uns 40 anos de idade) e com isso a dentadura dele foi arrancada da boca e dessa forma, com a força da pancada, a prótese tornou-se um objeto voador sumindo-se na direção do estacionamento a uns 5 metros dali.

Tânia nem bem tinha pousado os seus pés no chão (depois daquele pulo maravilhoso) e já pensou imediatamente em utilizar uma outra arma que seria seu último recurso (que obviamente ela dominava muito bem) ... e que toda mulher sabe usar sem precisar de treinamento: gritar.

Porém, não foi necessário a “pobre e indefesa” Tânia gritar. Sim, porque a dentadura que havia saltado da boca do terceiro bandido havia ido se projetar e bater justamente na cara de um fardado integrante da força policial do mini-shopping que fazia ronda no estacionamento.

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Tânia ainda hoje (já quase passado um ano) fica recordando a cena, inclusive de um detalhe importante. Jamais poderia esquecer de como ela havia aliviado o ‘B.O’ para a assaltante mulher, dizendo aos policiais que a moça integrante do bando havia aparentemente sido forçada (pelos dois meliantes machos) a participar daquela abordagem — pois a sensação havia sido de que eles a empurraram para cima de Tânia, com palavrões e ameaças.

Claro que a ladra não contestou, pois, sendo muito novinha, entendeu a mensagem de Tânia.

A coitadinha da Tânia, daquele momento em diante, decidiu que passaria a treinar com mais esforço porque quase foi morta por homens neste triste episódio em que ela escapou com o penteado assanhado. Já pensou se naquele momento estivesse usando salto alto — e não seu casual tênis...?

ªªººF¨....i....m¨ººªª

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Da série: “Salto alto no assalto, mas sem salto alto”