VIOLA CANTANTE EM UTAH (o Velho Oeste sempre presente - dedicado ao escritor Trovador das Alterosas)

 

 

Um violeiro trovador, lá das bandas de Alterosas, apeou em Utah, já saltou do cavalo, batendo o pó do chapéu, porque a poeira de Utah, já era célebre, parece que vai virar sobrenome da cidade.

 

O Trovador, logo se instala no hotel de Lorraine, filha de Ioiô Belle Marsh, que seguiu próspera, dando continuidade aos negócios da falecida mãe. Lorraine tinha muito do adorável pai, mas, muito também do fogo da mãe e, o bastardinho Jadel, manhoso e fogoso na surdina, andava amaciando as suas carnes joviais. Ela fazia de conta que era presa, mas, era ela é que na verdade se aproveitava dele, dela ele não veria uma moeda de ouro sequer, as florzinhas do Sallon já o sustentavam, ela só se servia, esperta a mocinha...um safado reconhece o outro.

 

O Trovador tomou um quarto de aluguel, desceu para comer alguma coisa, mas, só que lá  no Sallon, pois queria ver umas mocinhas, para alegrar os olhos. Levou a sua viola e, logo achou platéia, para as suas histórias cantadas, principalmente uma que falava da fuga de personagens de outras histórias, tais como Luna Lilith, Verdana James, Iolanda Preston, Fracisco Góis o famoso Búffallo Góis, Menale Dolly, Kid Boy, Silvano White e outros, as sagas pessoais de cada um, rendiam animadas cantorias. As florzinhas gostaram daquele maduro trovador e, logo começaram a se insinuar pra ele, principalmente uma recém chegada loura de olhos verdes, que dizia não ter nome, a chamavam só de Loura.

 

Ela na verdade, era Mia Clark, a pistoleira, assaltante de trens, mas, que fugira para Utah, até que os federais parassem de procurá- la. Sem suas armas, de vestido e mansa, parecia outra pessoa. Ela se esquivava bem dos homens, pois cobres não lhe faltavam, só precisava mesmo passar um tempo despercebida. Às vezes se deitava com algum só pra despistar e também, pra saciar o desejo...ninguém é de ferro.

 

O rico barbeiro Olavo Poét, aguava por ela, mas, ele era vigiado  de perto pela esposa, então, ele só ficava babando de longe mesmo. Os olhos do Trovador e os da Loura sem nome, se cruzavam e o feno da cocheira atrás do hotel à noite, pegava fogo...eita lelê...tudo no dia seguinte virava cantoria, claro que de forma velada, para não entregar os personagens.

 

A temporada do Trovador na poeira de Utah foi curta, mas, marcante e, com a partida dele, uma Loura sem nome também sumiu, mas, os dormentes fofoqueiros da estrada de ferro, logo revelaram a passagem de Mia Clark por Utah e, Nevada já andava aflita com a possibilidade de uma investida dela por lá...fama é fama...fez a cama e se deita sobre os louros...suas pistolas repletas de poesias sensuais e ardentes, alvoroçavam e apavoravam, os ricos, os banqueiros e também, outros pistoleiros.

 

Ah! Utah, o não lhe é nato, ainda assim, é fato, gera boato e a história de seu poeiral poético só aumenta.

 

 

 

 

** Indico a leitura dos contos de aventura anteriores, desta saga, apenas para melhor compreensão, embora independam uns dos outros:

 

- Ioiô Belle Carson A viúva negra do Velho Oeste 

- Rodeio de Duelos 

- A Vingança de Miguel Jacó West No Velho Oeste

- Repositório de Lágrimas de Roberta Leroy 

- Subindo Poeira no Velho Opbeste 

- Assalto em Utah no Velho Oeste

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 24/08/2022
Reeditado em 24/08/2022
Código do texto: T7589562
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