VEGETASECA

*Vegetaseca*

Não há gotas, nem pingos.

Até o orvalho é seco.

O verde, metamorfoseou-se e agora é cinza.

Aqui ali, um juazeiro resistente, absoluto sendo olhado por outras ramagens de vários nomes, ou de uma familia espinhosa, onde em abundância se encontra uma grande concentração de mandacarus que resistem a longos tempos de estiagens.

Bioma rico na aridez de um solo acostumado As divisões das cercas que cercam, ornadas por fios de arames farpados.

Visão envoltas contendo montanhosas formas como a testemunhar séculos de um existir solitário.

Mas não chega ser Inóspito, porque há vida e beleza onde elasticida o meu olhar na ânsia da busca por estas paisagens que só são captadas graças as janelas de ônibus, (que como disse o saudoso poeta Miró da Muribeca), é danado pra butar a gente pra pensar.

Ao longe se vê casas miúdas distanciadas da grandeza das rodagens de onde o meu anglo de visão é agraciado por esta afável mãe natureza, que me permite discertar sobre ela nesses curtos(porem preciosos instantes) em que o veículo em que estou, Imprime uma velocidade que me possibilita o momento de discorrer esse meu olhar.

Aqui, a vida passa munida de histórias onde o cenário natural da vegetaseca nos faz refletir sobre tudo.

Carlos Silva

07.12.2023

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 07/12/2023
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