OS CAÇA OVNI'S - capítulo 4

AÇÃO, CÂMERA... E LUZES

17:00h daquele mesmo sábado, saindo do prédio...

Os Caça OVNIs levavam os aparelhos e as câmeras de gravação para a caminhonete, estavam prontos para irem ao sítio e quem sabe descobrirem algo. Ruben ligou o automóvel e Edna foi no banco da frente junto com ele, enquanto João Paulo ficou no banco de trás.

- Onde fica o sítio?

João Paulo perguntou, quando a caminhonete já estava em movimento, e Ruben respondeu:

- Sabe aquela fábrica de carvão que parte dela desmoronou e foi abandonada?

- Sei, foi a seis anos atrás.

- Fica próximo.

- E bem distante da cidade.

- Pior é a estrada estreita e cheia de buracos. Sem contar a pouca iluminação.

Meia hora depois eles já passavam por essas mencionadas estradas, dos lados muito mato alto e se inclinando para o teto da caminhonete, na frente a escuridão, só os faróis do automóvel iam iluminando o caminho e deixando por trás um escuro tamanho. Quando passaram por umas duas casas afastadas, chegaram finalmente no sítio de Inácio, a caminhonete foi desligada e os três descerame avistaram Inácio sentado na varanda com um amigo que morava do lado. Ruben acenou para ele e Inácio foi os receber lá na frente e disse:

- Que bom que vieram! Vocês não eram em dois?

- Ele acabou de entrar na equipe.

Ruben explicou, apontando para João Paulo, este se apresentou:

- Prazer, João Paulo.

- Oi, sou Inácio, morador do sítio.

E apertaram as mãos. Em sequência, Ruben falou:

- Trouxemos as câmeras, podemos começar a instalá-las?

- Podem sim! Fiquem á vontade!

Edna retirava alguns objetos da caminhonete com a ajuda de João Paulo e disse para Inácio:

- Mas precisamos que você nos diga onde chegaram a ver algum objeto, ou luzes.

- Olha, tem o terreno que eu falei, aquele ali da frente, o quintal da casa também. Ah, hoje de manhã eu fui ver a plantação de girassóis e percebi uma coisa...

- O quê?

- É uma parte da plantação que foi derrubada e ficou meio que um... Um buraco grande assim no local. Vocês precisam ver.

- Então nos mostre, vamos lá!

Guiados por Inácio, os Caça OVNIs instalaram câmeras pelos quatro lados do sítio, depois entraram na casa de Inácio e ali estavam os monitores.

- João Paulo, você fica aqui observando os monitores, enquanto eu e Edna tiramos fotos do buraco na plantação de girassóis e procuramos evidências.

Falou Ruben, no quando João Paulo indagou:

- Espera aí, por que eu fico olhando as câmeras enquanto vocês ficam com a melhor parte?

- Porque... Porque você é principiante.

- Isso não explica nada.

- Olha, fique de olho nas câmeras e se ver qualquer coisa estranha nos chame pelo rádio comunicador.

Disse Ruben, deixando o rádio sobre o balcão e saindo da casa com Edna. Eles seguiram Inácio até a plantação de girassóis e lá estava uma marca circular no meio dos girassóis amassados, Edna não demorou e tirou fotos, Ruben mediu o cumprimento do círculo e falou:

- Me lembra muito a forma daquele objeto que caiu por trás do morro. E as medidas são as mesmas!

- Muita coincidência.

Disse Edna e completou:

- Falando nisso, o local onde encontramos aquele objeto caído é próximo daqui.

- É verdade!

Enquanto isso, na casa do sítio, João Paulo olhava entediado para os monitores, depois passeava os olhos por toda a sala, batia os dedos no balcão, encostava-se e recostava-se na cadeira.

- Onde será que muda o canal, hein?

De repente, sua atenção foi atraída por um movimento numa das imagens das câmeras e se esquivou para ver.

- O que é isso?

A imagem era da câmera instalada na entrada do sítio e filmava o terreno baldio que ficava de frente. Uma luz magnífica apareceu subitamente no terreno e pairou sobre o chão, sua luz forte e branca era o que mais chamava atenção e camuflava o objeto. Em muito entusiasmo, João Paulo pegou numa mala a arma mais potente das que trouxeram e saiu da casa, foi caminhando até o terreno da frente, o som de seus passos sobre os matos se mesclava com o som da noite, grilos, lobos e corujas, uma vez ou outra um rastejar... Ele seguia com a arma apontada sempre para frente, passou do portão de entrada do sítio e via a luz um pouco mais perto, continuava a brilhar no mesmo lugar e quando já estava a uns quatro metros, com o binóclio que tinha pendurado no pescoço observou o objeto, viu alguns detalhes de números e letras, até que ouviu algo se aproximar em sua esquerda, ao olhar para o lado, um coiote. João Paulo foi se afastando lentamente e o animal ia se aproximando, João Paulo bateu o pé forte no chão para assustar o coiote, mas isso só o irritou e o fez avançar para cima de João Paulo, que caiu no chão. Então ele lutou contra o bicho e sentiu seus dentes afiados cravarem em seu braço, mas conseguiu esticar o outro braço e alcançar a arma, não hesitou e atirou no coiote, que morreu sobre seu peito. João Paulo se levantou e percebeu que o misterioso objeto havia desaparecido e agora com o braço ferido ele regressou à casa de Inácio, lá, estavam Ruben, Edna e Inácio inquietos, por isso quando João Paulo entrou na casa todos o receberam prestativamente.

- Onde você estava? Ouvimos um tiro e corremos pra cá, pensando que tivesse acontecido alguma... O que aconteceu com o seu braço? E o que faz com essa arma?

Perguntou Ruben, e João Paulo disse:

- Fui atacado por um coiote.

- Atacado por um coiote?

Edna perguntou.

- Sim.

- E onde você estava quando deveria estar aqui dentro?

Disse Ruben, e veio a resposta de João Paulo:

- Vi uma coisa brilhante na câmera e fui lá fora ver o que era e, quando já estava bem próximo da luz, um coiote apareceu e pulou encima de mim, mordendo meu braço, mas atirei contra ele e o matei.

- Espera aí... Você viu algo aparecer no monitor e não nos avisou nada?

- Se eu fosse atrás de vocês iria demorar e a coisa ia acabar desaparecendo!

- Foi por isso que eu te dei o rádio comunicador!

Ruben ralhou, a mostrar o rádio sobre o balcão. Edna pediu que ele se acalmasse e foi buscar a maleta de primeiros socorros para o braço de João Paulo. À medida disso, Inácio dizia:

- É muito comum coiotes aparecerem a essas horas por aqui, vivem perseguindo minhas galinhas, aqueles vadios.

- Bom, acho que já basta por hoje. Vamos dar uma olhada nas gravações para ver esse tal objeto que João Paulo viu e se descobrimos mais alguma coisa.

Disse Ruben, e eles recolheram os materiais e agradeceram Inácio, deixando o sítio para de volta â cidade.

Continua...

Lyta Santos
Enviado por Lyta Santos em 05/03/2016
Reeditado em 13/03/2016
Código do texto: T5564621
Classificação de conteúdo: seguro