OS CAÇA OVNI'S - capítulo 5

OBJETO VOADOR

Naquela mesma noite de sábado, às 22h:15min, no prédio...

Agora no escritório em que passavam da ação para a observação, espalhados sobre a mesa fotografias e anotações, viravam cartas de baralho nas mãos de Edna. Na outra mesa, Ruben via e revia as imagens da câmara que gravou o objeto reluzente visto por João Paulo, e este outro, num momento súbito, disse:

- X-00.

E Ruben franziu a testa e perguntou:

- O quê?

- Era o que havia escrito no objeto quando olhei através do binóclio. As letras eram pequenas.

- X...

- Traço, zero zero.

Ruben rodou a cadeira para olhar para Edna e a perguntou:

- Edna, onde estão as fotos que você tirou do objeto atrás do morro?

Edna se levantou e buscou as fotos no painel e outras já estavam sobre a mesa e as entregou a Ruben e permaneceu ao seu lado. Ruben foi passando as fotos nas mãos e parou em uma, uma que mostrava um detalhe muito claramente, e disse:

- Vejam, X-00, a mesma escrita que JP disse ver no objeto do sítio!

- O que seria isso?

Questionou Edna, e João Paulo opinou:

- Talvez uma marca para identificar o tipo da nave.

- Como uma linha de automóveis, ou placas de carro?

- Talvez.

- Então o objeto que caiu por trás do morro é o mesmo tipo do que pousou no sítio!?

- Pode ser.

Ruben olhou para os dois e perguntou:

- Acham mesmo que seja isso? Quer dizer, pode significar qualquer outra coisa também.

- Como o quê?

Indagou Edna.

- Sei lá, talvez...

- Pensa bem, Ruben, o morro fica bem perto do sítio, o objeto visto no monitor é muito parecido com o encontrado atrás do morro, pra mim, trata-se de objetos idênticos.

- Pode ser, mas, por que esses objetos estão pousando por aquela região?

- Devem estar buscando algo...

- Ou investigando.

João Paulo falou, no que Ruben o interrogou:

- Investigando?

- Sim, mas não se sabe para que fins. Pode ser para pôr um fim em todos nós.

- Você acha? Mas, isso não é um pouco...

- Ridículo?

- Sim.

- Pode ser, mas não deixa de ser uma possibilidade.

- E quanto à criatura que achamos no quintal de Inácio? Não podemos esquecer disso.

- Sabem que, eu estive observando a criatura e achei os cortes no corpo dela bem semelhantes ao meu ferimento?

- Está falando da mordida do coiote? Não, acho que não...

- Bem, eu não sei... Mas sei que já sinto muito sono.

Falou João Paulo a bocejar e se espreguiçar, e disse mais:

- Fiquem aí com suas observações que eu vou pular na cama. Boa noite pra vocês.

No dia subsequente, os Caça OVNIs receberam uma nova ligação, um fazendeiro dizia ter visto às 4:00h da manhã, quando se levantava para cuidar do gado, um objeto voador no céu e que até havia filmado cena, pensou que talvez interessasse aos caçadores. Sem dubiedade, os interessou. Os três organizaram tudo do que precisariam e foram rumo à fazenda, que ficava bem distante dali, mas não havia distância alguma que os obstruisse, mas se tornava uma grande aventura. Sempre com a caminhonete eles percorriam quilômetros e mais quilômetros e no meio do caminho algo os chamou a atenção, um homem sozinho, parado no meio de um milharal, naquela zona tão excluída e pacata. João Paulo que sempre olhava para a janela da caminhonete reconheceu o homem e disse para seus companheiros:

- Ei, ali não é Inácio?

Ruben e Edna olharam para o lado e Ruben confirmou...

- Sim, é ele mesmo!

Ruben buzinou e ainda acenou para o homem, porém, o outro nada fez.

- Que estranho, ele nem deu a mínima pra gente.

Falou Ruben, em seguida Edna:

- Não deve ter nos reconhecido.

- Será?

No que retrucou João Paulo:

- Mas isso não é o mais estranho... O que ele faz por aqui? No meio de um milharal? Esse lugar nem ao menos fica próximo ao sítio dele!

- É verdade... Estranho.

Mais alguns quilômetros e eles chegaram na fazenda, o lugar era admirável, uma paisagem de cartão postal! Além da fazenda ser muito extensa e rica, a casa da fazenda também era belíssima e aconchegante. Eles buzinaram de frente à fazenda e um homem com um chapéu de coro e botas os recebeu no portão, era José Rodrigues, o dono da fazenda. Ruben ia se apresentar e aos outros, quando João Paulo tomou a frente e disse primeiro:

- Olá, somos os Caça OVNIs. Sou João Paulo, esse aqui é Ruben e ela é Edna.

- Ah, eu estava esperando por vocês! Me chamo José Rodrigues, sou o dono da fazenda.

- Disse que tem uma filmagem de um objeto voador visto nessa manhã?

- Sim, e é impressionante! Mas antes, sei que vocês fizeram uma viagem longa e devem estar mortos de fome, então fiz um churrasquinho de dar água na boca! Sentem aí!

- Bom admito que estou com uma fome tremenda.

Eles se reuniram perto da churrasqueira e o cheiro da carne e da linguiça que assava na grelha atentava suas narinas, o fazendeiro também os ofereceu bebidas, mas os Caça OVNIs evitaram qualquer quantidade de álcool, porquanto precisavam estar sóbrios na hora do trabalho. E conversavam...

- Puxa, os Caça OVNIs aqui na minha fazenda! O meu filho Matheus vai adorar saber disso, ele é fã de vocês!

- É? Que legal! São raras essas pessoas que gostam da gente, hehe...

Falou João Paulo, e Edna perguntou a Rodrigues:

- E você mora com quem aqui nesse paraiso?

- Com minha mulher e meus dois filhos. Querem mais churrasco?

- Hã... Não, não, obrigado, já estamos fartos!

Respondeu Ruben, no que João Paulo se opós e disse:

- Você está farto! Eu aceito mais um pouco.

José Rodrigues serviu mais churrasco a João Paulo, ao mesmo tempo que dizia para ele:

- Eu conhecia Ruben e Edna, mas não você.

- Pois é, faz pouco tempo que entrei pra equipe.

- Lembro que no seu lugar era o... Pablo!

Ruben os interrompeu e disse:

- Sim. Ele era impressionante. Mas infelizmente o perdemos.

- O que houve com ele?

- Sofreu um acidente enquanto observava o céu na varanda.

- Não foi Tales de Mileto que morreu assim?

Falou João Paulo, e melhor seria não ter falado, tendo ficado sob o olhar negro de Ruben.

Continua...

Lyta Santos
Enviado por Lyta Santos em 12/03/2016
Reeditado em 14/03/2016
Código do texto: T5571739
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