O velho monge e o político corrupto

Jotalá um eminente político do alto escalão já estava bilionário, tinha dinheiro até nos bancos mais longínquos desse planeta. De fato era muito inteligente, cultura de dar inveja por aqueles que não possuem esse dom dado pelo Criador. Só que essa quantia estrondosa de suas posses nem nunca seria o resultado do seu remuneradíssimo salário. Era consequência de tramoias mesmo, o excedente era tanto que dava para matar a fome de milhões de pessoas, aparelhar hospitais que não tem nem como de curar uma simples dor nas pessoas.

Jotalá estava ficando meio incomodado, a consciência pesada às vezes incomoda algumas pessoas que pelo menos possuem alguns resquícios de honestidade. Resolveu tirar um parecer, mais com a aparência de uma confissão com o velho monge, ele sabia que esse religioso possuía dons de regenerar, orientar as pessoas mesmo que fossem irrecuperáveis. De frente com o monge, começa com sua ladainha:

--- Cometi muitos erros, dei um jeitinho e consegui muito dinheiro, dos meus colegas mesmo aqueles que eram honestos até no fundo d’àgua, a facilidade que o dinheiro sujo chegava em suas mãos eles não conseguiam desvencilhar deles, é uma verdadeira tentação.

O velho monge começou dando sua opinião:

----Tentação que fizeram verdadeiras atribulações em muitos lares. Já pensou quantos sofrimentos poderiam ser evitado?

O político sendo autoritário por natureza não aprova o pequeno sermão do monge e dá sua versão:

--- O senhor não está querendo dizer que de minhas mãos também saíram as armas que feriram muitos inocentes. Vou falar uma coisa, reconheço as minhas faltas, o que posso fazer agora, porque é pra isso que vim conversar com o senhor!

O religioso põe a mão no queixo fica pensativo mas só por alguns segundos. Pergunta:----- Tudo que estiver na tua consciência que roubastes, podes devolver? Porque eu sei que consegues fazer isso, ficarás apenas bem menos rico!

O engravatado pensa também um pouco por alguns segundos de diz:

---- Vou ser sincero e direto, caro monge:

Não posso devolver, o senhor sabe que meu filho adolescente sofre de uma doença misteriosa, pois os médicos ainda não chegaram a uma conclusão. Quando vem as dores insuportáveis, ele chora compulsivamente, eu naturalmente sofro mais do que ele, preferia que essa enfermidade fosse passada para mim. Não bastando isso, minha esposa quer a separação, a confusão está insuportável em casa. Se eu tiver que usar esse dinheirama todo, que seja para reverter a situação isto é, procurar um lugar onde a medicina possa curar o meu filho, nem que eu tenha de gastar todo meu dinheiro...

O velho monge ainda insiste:

---- Veja lá, meu filho você tem três vezes pra responder se vai devolver o que não é seu:

---- Não, não e não, santo homem!!!

---- Então vá, procure e não encontrarás a cura para o seu filho, por mais que achares médicos e cientistas mais capacitados do mundo e seu filho continuará no sofrimento intenso. Agora se devolvesse o que tivestes roubado, milhões de pessoas seriam restituídas as alegrias que delas foram usurpadas. Se devolvesse o que não lhe pertence, seu filho seria curado imediatamente pelo nosso Senhor Criador dos céus e da terra...

---- Há! Mas assim é outra história, vou devolver sim.

---- Não tua resposta já foi dada, esse dinheiro não devolvido será tua ruina...

QUALQUER SEMELHANÇA COM FATOS, NOMES NESTA HISTÓRIA É MERA COINCIDÊNCIA. MAS AO MESMO TEMPO É HISTÓRIA QUE REPETE NESSE VIVER MISTERIOSO...