3° DO CASTELO ÀS ESTRELAS A serpente iluminada
DA TORRE ÀS ESTRELAS
(A serpente iluminada)
COIMBRA 250420171454
01 Aquela noite eu passei
Um tempo sem descansar
Pois no patamar da torre
Não pude me acomodar
Mas no tempo que lá fiquei
Um pouco eu me deitei
Para-o céu observar
02 À minha direita eu via
O morro do Carapé
No qual eu tinha chegado
Alí naquele sopé
O castelo antiquado
Por mato todo cercado
Foi onde eu cheguei à pé
03 No alto daquela torre
Eu pude rememorar
Minha vida de peregrino
Pelo mundo a andar
Sempre sonhando em subir
Para nas estrelas ir
Um dia com Deus morar
04 Olhando no firmamento
Para as estrelas brilhantes
Eu sentia uma espécie
De saudade angustiante
Era como se eu tivesse
Entre elas numa messe
Colhendo luz abundante
05 Com as horas a passar
Eu estava encabulado
Com certeza o castelo
Seria mal assombrado
Pois a voz que me falara
De vez em quanto cantava
Uma ária em tom dobrado
06 Não era voz de mulher
E nem de homem também
O timbre era estranho
Como sendo do além
Ecoava no castelo
E era o som mais belo
Já ouvido por alguém
07 Bem na alta madrugada
O Universo contemplando
Eu vi uma coisa estranha
Sobre o castelo plainando
Era uma noite sem lua
Porém a imagem nua
Foi muito me impressionando
08 Era como uma serpente
Parecendo iluminada
Se estendeu sobre o castelo
Perto da torre alada
No momento ouvi a voz
Dizer: não estamos sós
Tem um ser nessa sacada
09 Foi inacreditável
O que ali presenciei
Da cobra vinda do céu
Uma precata escutei
-Por que tu foste deixar
Um ser humano entrar
Onde sempre dominei?
!0 Por incrível que pareça
A outra voz respondeu
Eu fui mandada a falar
Portanto o autor não fui eu
Reclame para o ACASO
Pois Ele me deu um prazo
Pra converter um ATEU
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