Será que fui Abduzido...

Foi no final dos anos 70, não lembro ao certo se em 78 ou 79. Estava casado nesta época com uma gaúcha de Bagé, morávamos em Porto Alegre, decidimos fazer uma viagem de carro até sua terra natal Bagé. Resolvemos sair numa sexta-feira após o almoço. Uma percurso de 377 km, de quatro a cinco horas de viagem. Arrumamos as bagagens em meu Fusca seminovo, apenas 5 mil rodados e nos dirigimos até a casa de meu sogro. Naturalmente que ele não poderia deixar de ir, um gaúcho nato dos pampas rever a parentada lá pras bandas de Bagé. Pegamos a estrada, numa sexta de céu limpo sem nuvens, sol forte, mas estrada boa e calma para dirigir. Durante o percurso o assunto não faltou, meu sogro contando suas aventuras e causos, no tempo em que morava em Bagé e minha esposa a concordar. Paramos para abastecer ainda na br 290 pois entraram no entroncamento para br 153 onde por 155 km até Bagé, não tinha posto de abastecimento apenas campo, pasto e gado. Agora na br 153 final da tarde, no início da noite, no céu começaram a aparecer as primeiras estrelas, noite ideal para ver algum cometa ou mesmo um OVNI. Sim um OVNI para ser mais exato um disco voador! Sempre curti isso de extraterrestres, assunto que minha esposa não era muito chegado, mas a conversa foi essa no carro. Comentei! Hoje está uma noite propícia para vermos um OVNI, e a todo minuto olhava para o céu estrelado e limpo, pois no campo fora de centros urbanos o céu é simplesmente um espetáculo, você tem uma visão geral do espaço. Minha esposa já com os nervos à flor da pele, mandava eu parar com aquela conversa. Eis que faltando uns cinco ou mais km para chegar em Bagé, o que vejo à esquerda da estrada simplesmente me deixou atônito. Uma luz que vinha da esquerda para direita, atravessando a estrada à nossa frente, desaparecendo atrás de uma colina, era noite fechada, os faróis apenas do carro, uma curva à direita, quando me deparo com uma neblina à frente e ao entrar nesta neblina por alguns segundos, o carro simplesmente perdeu suas forças, como algo tivesse sugado sua energia, os faróis se tornaram lanternas, o carro começou a engasgar sem forças por mais que acelerasse nada alterava sua velocidade. Procurei o acostamento após passar pela neblina, parei o carro e sai para dar uma olhada. Aquilo que me parecia uma neblina, era cheiro de grama queimada, fumaça mais exata. Meu sogro e minha mulher sem entender nada desceram também. Me dirigi ao compartimento do motor para ver se a parte elétrica estava em ordem, cabo de bobinas e velas tudo de acordo, o carro como dito era pouco rodado. Retornamos ao veículo, não tenho noção por quanto tempo perdemos ali, mas com o veículo capengando pelo acostamento andei mais alguns metros e por encanto às forças retornaram os faróis voltaram ao normal coloquei o carro na pista e chegamos em Bagé. Final de semana com muita prosa, chimarrão, costela e ovelha assada, nada se comentou a respeito do acontecido na estrada. Voltamos para Porto Alegre, no domingo à tarde. Agora a parte interessante da história. Na segunda recebo a visita de meu padrinho, então ele me pergunta por onde andava no fim de semana, falei que tinha ido para Bagé nos parentes de meu sogro. Foi por espanto meu que ele me indagou; 

Então tu vistes discos voadores por lá!  

Padrinho como é essa história! Foi quando ele me mostrou uma reportagem que saiu na Zero Hora, com a reportagem de título;

Luzes estranhas apareceram no céu de Bagé neste fim de semana.

Só digo uma coisa, se fui abduzido ou não, não sei dizer, mas que foi real esta história foi....

Tchê Fernando
Enviado por Tchê Fernando em 02/01/2018
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T6214896
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