Doce virgem quimera...

Tal qual manhã de primavera, e a brancura da neve no horizonte, assim também es tu virgem quimera, donde revigora a tua sede em brancas e fontes águas cristalinas, o teu céu é muito mais azul, o teu mar ora calmo e de águas mornas tão suaves, é as vezes tão bravio e forte feito o vento, que sopra na noite de norte a sul no horizonte, trazendo as boas novas de tua paz, teu amor é forte como um touro selvagem onde o choro se desfaz na triste lida.

Entretanto pela insensatez do lobo, teu medo faz-se preso na garganta fazendo-te refém de tua própria alma, donde também se manifesta todo o pavor da meia noite. Teu abrigo agora é na casa da leoa feroz, que te acolhe e que te esconde na escuridão do firmamento, onde te singe de tamanha força e coragem para que não se entregue aqueles que desejam beber do teu sangue  virginal, querendo se deliciar do prazer e da luxúria.

Amedrontada pelos espiritos de meninos pagães que choram dia e noite sem parar gritando de fome os quais vagueiam de um lado a outro sem sussego e sem ter paz, desejando devorar teus peitos virginais, teu refugio agora é a tua própria coragem escondida no recondito de tu'alma onde a tua coléra te protege da insanidade daqueles que querem provar de tua carne se nutrindo do teu sangue, mas não te podem alcansar, porque foi dada ordem a Emanuel que te guarde pura para se entregar ao sensato afago do desejo do príncipe, que urge para desposa-la nas bodas do amor.

Onde um dia irá tocar-te o corpo e alimentar-se do teu desejo feminino fazendo-te um ser de imensa alegria coroada pela perene felicidade e desejos carnais do amor.