A MENTE  ATACANDO-ME
 
                Eu estava andando por um caminho... daqueles que ficam marcados pelos pisar dos pés deixando uma marca a seguir - tinham matos com muitas arvores, era à noite, onde tinha  também pequenos lagos cheios de habitantes que vivem submersos e outros ao seu redor.... eu estava indo nos contornos desses lagos seguindo a marca deixada pelos pés das pessoas e ao mesmo tempo desviando das árvores que que eu pensava... estão querendo amedrontar-me... Mas a minha mente medrosa me fez andar mais rápido, até tropeçar em uma raiz de arvore que tinha emergido acima da terra... cai em decúbito ventral com uma parte dentro da água enterrando o meu rosto numa água lamacenta onde eu podia respirar, mas com dificuldades. Eu tinha forças, era levantar-me e continuar o meu andar... mas a minha mente medrosa impedia-me de levantar e fiquei deitado com o rosto coberto e mal conseguia respirar... as vezes eu trancava o ar, ficando em apneia  e depois voltava com o rosto e o nariz impedidos de respirar – eu queria levantar mas a mente me impedia fazendo com que as minhas forças ficassem reduzidas a pequenos movimentos.
 Uma mente que queria impor a sua vontade contra meu consciente que seria  lutar contra algo transcendente e maligno mas a mente estava levando vantagens... eu sentindo que a morte seria uma questão de tempo... mas sem desistir de lutar... não conseguia levantar porque estava impedido desta ação, mas queria virar-me da posição ventral para a dorsal e assim poderia respirar e quem sabe sobreviver... as tentativas foram através de um esforço quase que sobrenatural entre a falta de respirar e o pouco que conseguia... mas virei-me... e a respiração voltou ao normal e isso deu-me ânimos e forças para levantar e seguir o meu caminho por entre o mato e os lagos... e chegar à minha casa que ficava encimada em um  gramado... do outro lado do mato.
                Ao chegar em casa a minha mente ainda não tinha abandonado as suas maldades...  cansado de caminhar fui dormir na minha cama e claro em decúbito dorsal onde eu poderia respirar pensei em ter dormido, mas fiquei na dúvida... mãos de uma pessoa, acho que era uma bruxa, estava atrás da cabeceira e me pegou no rosto envolvendo meu pescoço tentando enforcar-me... mas antes da mente tentar vencer o meu consciente, eu lutei bastante e consegui vencer a bruxa que a minha mente criou e queria amedrontar-me, não mais do que isso. A mente se reconciliou comigo e dormi toda a noite.
Duas vezes por mês as loucuras da mente se fazem presentes. Resta saber quando a minha mente vai guerrear com o meu consciente e me atacar novamente com suas maldades.
É MAIS UM CONTO VIVIDO...SEM EDIÇÃO
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 08/08/2018
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