A recompensa está no fim deles

Menina petulante nunca sabe o limite, garoto apaixonado nunca sabe quando é o fim. O que ambos têm em comum é a inocência que alimenta a curiosidade. O ar frio e gélido pode ser perigoso, mas para a menina petulante coberta de inocência pode parecer mais um dia de neve em que sai com seus pais para transformarem bolas de neve em bonecos.

Um "não" pode parecer um desafio, mas para um garoto apaixonado..., não, para O garoto apaixonado é um coração caído deixado na margem de um mar violento, enterrado no gelo ou até mesmo levado pelos ventos fortes dos dias de verão.

As folhas de outono caem e deixam um tapete de folhas secas e podres embelezando e cobrindo o chão. A menina petulante não vê aquilo como sinal de beleza, mas quando seus amigos a chamam para um passeio ao parque à luz do dia, com o sol raiando, ela prefere se esgueirar nos becos congelantes e escuros, sendo iluminados apenas pelo feixe de luz transmitida pela lua naquela noite sombria.

Com suas iniciativas falhas e suas tentativas mal-sucedidas, o garoto apaixonado prefere admirar sua beleza de longe e observar sua felicidade agora dependida de uma pessoa se esvair de seu controle e posse. Os dias se tornam curtos e as noites longas e ele se vê sempre esperando que eles passem logo, como se a recompensa estivesse no fim deles. O que para ele as horas eram intermináveis, para a garota dos seus olhos, a menina petulante, os dias eram como novas aventuras e muito curtos para serem aproveitados da maneira certa e produtiva. Ambos idealizam com um mundo de desejos realizados, sabendo que não serão concretizados.

Ele sonha em tê-la, trazendo a luz em forma de felicidade. Ela sonha com uma vida de glória, incontáveis aventuras e céus estrelados sob a cortina preta que os cobrem, para serem admirados. Trazendo a liberdade em forma de diversão.

A crueldade insurge de forma sutil. Corações destruídos são iguais a cérebros dilacerados. Não há inocência ou inteligência que cubram maldade por trás de beleza indescritível ou por trás de ruas mal iluminadas. Ninguém sobrevive com a dependência de vida em outro alguém. Ninguém sobrevive quando a busca por perigo é encontrada. Petulância e teimosia são os segredos para violência e mortes sem razão. Saudade e solidão é a formula para o escape da mente. É assim que eles terminam. É o que acontece quando sonhos são quebrados pela fantasia criada da paixão e inocência. Ninguém deveria subestimar pessoas em um beco escuro. Ninguém deveria medir a dor de perder alguém.

Lejú Anoma
Enviado por Lejú Anoma em 29/01/2019
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