Prévia: A Dama de Vermelho

A noite estava bastante fria, o pequeno templo escondido na floresta já estava envolvido pela mata há muito tempo. As copas das árvores se entrelaçavam, impedindo a entrada de boa parte da luz da Lua cheia.

Surgindo de alguma parte escura da floresta, uma figura se movia lentamente. Ao passar por uma pequena clareira pôde-se ver que era uma mulher. Parecia ser jovem, seus cabelos escuros contrastavam com sua pele bastante clara. Seus olhos eram escuros e seu corpo esbelto. Mas algo ainda se destacava naquela mulher, um vestido que alcançava seus pés, tinha cor vermelha e se ajustava perfeitamente ás suas formas.

Percorrendo uma pequena trilha de pedras, que adentrava ainda mais entre as árvores, a mulher finalmente alcançou a entrada do pequeno templo.

As paredes do templo estavam desgastadas pelo tempo, os poucos degraus quase completamente recobertos pela terra e lodo. Em sua frente haviam duas colunas grafadas com simbolos inelegiveis.

Lentamente a mulher subiu as escadas e adentrou o templo. Lá dentro uma grande abertura no teto iluminava o pequeno espaço. Diretamente abaixo da abertura havia um altar de pedra e sobre o altar um menino de rosto sereno e pálido, vestido com panos leves e brancos.

Mais em baixo no pé do altar, muitos gravetos de madeira cercavam a pedra. A mulher se aproximou e tocou com delicadeza o rosto da criança de cabelos curtos e escuros. Nenhuma reação.

- Me perdoe querido. Falhei com voçê. - Disse a mulher. - Mas isso não acaba aqui. - Ao dizer isso seu rosto sereno assumiu um tom mais sério.

A mulher, então, se afastou do altar e saindo do templo até alcançar seu exterior, parou. Em seguida ela tomou um pó avermelhado em suas mãos e arremessou no telhado do templo, iniciando um incêndio.

- Isso não acaba aqui. - Disse ela olhando para as chamas que consumiam a construção.

Henrique Lima
Enviado por Henrique Lima em 31/01/2019
Código do texto: T6564146
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.