A ruína de Benedito II - Catarina.

De mulher jovem e festeira, até, aquela, senhora simpática, uma história, e, um tanto, a mais ; Catarina vivera intensamente, sempre pronta e bem disposta,

dedicara-se, incondicionalmente, à família; devotada, fervorosa, à luz deste mundo trouxe os nove filhos, e, por adoção, mantinha sob sua guarda mais um filho que a vida, em confiança, lhe doou.

Orgulhosa, Catarina sentia-se completa, preenchida, e , era com alegria que, pessoalmente, organizava todos os eventos de família; mas, de todas as datas festivas, o aniversário de Ronaldo era o evento mais mimado.

Mais apegado à mãe que ao pai, Ronaldo era um jovem simpático e muito querido por todos.

" A melhor teoria é a prática. "

As pessoas são difíceis, os filhos, em especial, são, às vezes, insondáveis em seu mundo, e, não há quem os vigie com a , confessada, intenção de corrigi-los. São amantes do hoje, do agora, e, é difícil, quase, impossível, fazê-los esperar. Ainda que alguém os vigie e os corrija em seus excessos, não haverá garantias de que todo o caminho estará, cem por cento, seguro, livre de influências à suas escolhas.

Os filhos parecem estar com você, mas vivem um outro momento, diante das experiências que você viveu, por, isso, mudam, transformam-se de um segundo para outro, ao ponto de não conseguirmos entendê-los, os filhos são o testemunhos de percepções diferentes para a mesma experiência vivida, e, é, quase, impossível acompanhá-los em sua transformação.

Aqueles que desejarem compreendê-los, há de reunir, em si mesmo, a teoria e a prática, e, acompanhá-los, pois, o tempo muda, transforma, tudo, à nossa volta, e, mais, impressionante, é o que ele faz com as pessoas, por, isso, uns vem, e, outros vão , mas, os nossos filhos ficam, estão presos, não podem, simplesmente, virar as costas e ir embora, é bom, sempre, lembrar.

Dizem que Ronaldo, o filho de Benedito não andava só. Entre os familiares, discutiu-se a sua situação e as suspeitas sobre as suas amizades, cedo, deixou os estudos para trabalhar, e, por, fim, nem um; nem o outro, nem os estudos e nem o trabalho recebeu a sua dedicação . Protegido pela compreensão de mãe, passou o pai a, também, não, mais, pressioná-lo.

Pelo seu comportamento e suas ações, e, por meio de relatos de vizinhos e amigos, era visível, qualquer, um, perceberia que o menino, querido, de Benedito parecia sofrer de algum distúrbio: Paranóico, irrequieto, às vezes, trancava-se em seu quarto e passava vários dias sem sair de casa; às vezes, sumia, sem deixar pistas de seu paradeiro. Era, comum, vê-lo, às vezes, embriagado, outras, vezes, parecia, drogado, porém, nos dias de festa, sempre, aparecia, muito, bem vestido e arrumado, mas, logo, após, as iniciais de seus pais aos convidados, saía, sem aviso, e, para um destino incerto e não revelado.

Para os, velhos, pais, tratava-se de uma fase, passageira, da vida; logo, haveria de passar, e, Naldo viria a acalmar-se e reintegrar-se a vida social e ao grupo familiar.

CONTINUA. ...

Jorge Santana
Enviado por Jorge Santana em 30/07/2020
Reeditado em 06/08/2020
Código do texto: T7021697
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.