UM DOMINGO SANGRENTO

Era um domingo de verão, em uma pequena cidade interiorana de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, porém o tempo estava pardacento, a chuva caía devagar e raios riscavam o céu de um canto a outro. Alfredo fechou o jornal que estivera lendo e foi até a cozinha tomar uma xícara de café para esquentar um pouco, o clima estava frio é o cenário sombrio que nem parecia ser verão. Logo depois, ele foi até o quarto, espreguiçou-se, bocejou e falou para sua esposa:

- Querida, você ainda está deitada?

Marina suspirou, levantou-se e respondeu-lhe:

- Querido, o clima está penetrante e nossa cama tão aconchegante e macia; sem falar que a confraternização familiar de verão, no sítio da sua mãe, será às dezenove horas, até lá eu desperto.

Marina foi ao banho, enquanto Alfredo aproveitou para tirar um cochilo...

A confraternização já havia começado quando o casal, Alfredo e Marina, chegaram ao local da festa. A chuva tinha dado uma trégua, porém o tempo continuava sombrio; Alfredo se afastou de Marina e foi cumprimentar os poucos convidados que estavam presentes, enquanto Marina resolveu passear ao relento... de repente, um barulho estranho despertou Marina dos seus devaneios, e em seguida uma sequência de tiros vindos da casa principal. Marina correu desesperada à procura de Alfredo, e ficou aterrorizada com o cenário que parecia até uma cena do filme de sexta-feira 13; tinha muito sangue espalhado pelo chão e todos os presentes estavam misteriosamente mortos, com exceção dela e de Alfredo que não se encontrava naquela cena aterrorizante... Depois de muito procurar o marido, Marina o encontrou sentado, tranquilo e tomando um drinque, mas quando ele a viu, seu rosto se transformou; pegou o revólver que estava ao seu lado, disparou dois tiros matando Marina na hora, e em seguida se matou.

Os tempos passaram... porém, nunca ninguém conseguiu descobrir os verdadeiros motivos pelo qual Alfredo havia praticado aquela tamanha chacina. Foi sim, um domingo de verão sangrento, sombrio, misterioso e frio!

São apenas devaneios, qualquer semelhança, não passa de pura ficção.

Elisabete Leite
Enviado por Elisabete Leite em 24/02/2021
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