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Sepulturas em massa, crocodilos, árvores de aparências assustadoras, decoram o pântano Manchac em Louisiana E.U.A.

Também já foi lugar predileto para práticas Vodoo, há relatos sobre Zombis que vagam pelo pantanal, frutos de sacrifícios humanos feitos pelos senhores de fazendas, para manter sua prosperidade, e era ponto de encontro de círculos de bruxas. Um Guru amaldiçoou o pântano antes de se suicidar no local. O Pantanal é conhecido por sua noturna neblina negra. Nem mesmo esqueletos calcificados e vítreos, brilhantes como cristal, impedem os turistas de visitarem o lugar, que se tornou um perfeito cenário macabro, para cenas de filmes de horror. Há uma atração, excursão com tochas à meia-noite, para visitantes corajosos, pelo pântano lamacento, fétido e recoberto por plantas aquáticas e musgos verdes, insetos, animais e reptílias rastejantes.

Durante a noite, quatro jovens turistas portando suas tochas de fogo acesas, se adentraram no pântano de Manchac: Cleusa e John, Cay e Anie, meio a densa e negra neblina, ignorando as histórias contadas pelos supersticiosos sobre o lugar.

Com os celulares eles iam filmando a flora e fauna, vitórias- régias boiando no lamaçal peçonhento, cogumelos, plantas estranhas, escutando a balada sinistra dos sapos, grilos e aves noturnas.

— A neblina está ficando cada vez mais densa, fiquem perto uns dos outros, tomem cuidado por onde pisam.

— Que ruído é esse? Parece um assovio!

— Deve ser o vento ou o tal de Curupira, sua medrosa. Onde está Cay?

— Não o vejo em lugar nenhum!

—Fiquem sentadas aqui perto das árvores, eu irei procurá-lo.

Mas o tempo passava e Cay e John não retornavam. Cleusa passou a se preocupar com a demora deles.

— Aconteceu alguma coisa com eles, é inútil ficarmos esperando. Vamos procurar ao redor.

— Acalme-se Anie, eles estão fazendo apenas uma brincadeira conosco, para nos meter medo. Assim que o dia clarear, a neblina irá se dissipar e eles voltarão. Vamos descansar e dormir entre os arbustos.

Pouco depois Cleusa acordou e percebeu que Anie não estava mais ao seu lado, sua bota banhava sobre a água verde do pântano, também as roupas de John e Cay flutuavam na superfície pegajosa, servindo de barco pros sapos.

Ela escutou outra vez aquele misterioso assovio e virou-se para ver. Aquele foi seu último olhar, antes de morrer. O celular escorregou de sua mão, caíu dentro da bandeija da vitória- régia, ainda com a câmara ligada, continuando a filmar o ambiente do pantanal sinistro, envolto por vultos flutuantes formados pela neblina escura . . .

♥ segue no cap.2

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 13/03/2022
Reeditado em 13/03/2022
Código do texto: T7471626
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