Ipatite – A cidade Inca perdida na Selva Amazônica

 

 

Entre todas as belezas da Amazônia, a mais triunfante e colossal situada na selva amazônica, representa para os índios tribais e os povos da antiguidade Inca, o lugar santo. Todavia, era ali, o monumento da civilização Inca, bem como o esconderijo em caso de guerra e outras acomodações da população.

 

Pode-se afirmar que aquele paraíso tem 4.500 (quatro mil e quinhentos) hectares de terras virgens, com aninais, rios, flores e frutas. E no morro amarelo, é proibido alguém subir, cavar, levar ou trazer qualquer objeto deste lugarejo. Constituído de uma riqueza ímpar, o morro amarelo é constituído em sua totalidade de ouro e terra vermelha. Após andar 300 (trezentos) metros de estrada nativa, há no centro da via uma legenda na língua inca, ao fundo, uma residência com estiletes para um sobrado com vista para o centro, e nas laterais com distância mínima de 500 (quinhentos) metros, uma fileira de casas com cobertas de telhas e árvores na assentada.

 

O Rio Solimões nasce na terra peruana, descendo nervoso, rasga várias cachoeiras, metrificando as verdadeiras fronteiras existentes, alargando na desembocadura peruana com o passar dos tempos, um duelo inacabável. Foi através do mestre Araújo Martins, um brasileiro, que mediu as dimensões do rio que tem 1.600 quilômetros de distâncias até o mar da capital de Belém, no Estado do Pará. Sem objetivar outros nipes, a largura do Rio Solimões vai de encontro com as cidades ribeirinhas no total de 2.700 metros de largura, o que torna difícil sua travessia de um lado para o outro. Após navegarem várias terras da selva, o Rio Solimões se encontra com o Rio Negro que vem da Bolívia. Na tentativa falida de ter boas relações com o Brasil, se mantém um inimigo nato.

 

Por uma gestão absolutamente incompreensível, o Rio Solimões navega mais de 6.000 (seis mil) quilômetros ao lado do seu inimigo Rio Negro sem misturar uma gota d’água. Ora duelando com brutalidade as margens do beiral do rio. Sabe-se que o Rio Amarelo desce sem freios as ribanceiras, lava as pedras gigantes e lambuza com sua cor todo o morro amarelo e encantado, cortando várias marquises e jogando no fundo do rio.

 

Notavelmernte, é um encanto de construção perfeita e imaginária do construtor, que mantinha o padrão de todas as casas, as quais somavam mais de 2.000 (duas mil) edificações, todas com copa e ante copa e uma mureta na separação das casas nas cores verde, vermelho e azul, com floresta totalmente fechada, escura e sem um pingo de sol.

 

Em cada residência estava ocupada e seus integrantes não se tinha visão. É, portanto, de deixar cabisbaixo qualquer individuo ao entrar na selva fechada da Amazônica. Possivelmente a abertura desde labirinto talvez seja a própria selva nos meios que lhes atribui.

 

Sem olvidar, a travessia do Rio Solimões com o Rio Negro, logo à frente, uma serpente com mais de 40 (quarenta) metros, sobe a ribanceira verde entre as árvores gigantes. Reforçando essa história, cuja animalesca cobra tem as cores azuis, amarelo e vermelho na forma de um cinzeiro espalhado pelo seu corpo. Na verdade real, é um ser com visão astuta e sabedoria aos olhares de quem entra naquela cidade perdida de Ipatite e não volta mais.

 

Como se sabe, era aproximadamente uma terça-feira pela manhã do ano de 1985, no mês de fevereiro. Logo,  se ouviu um barulho ensurdecedor, saindo do Rio Solimões e atravessando a beirada daquele rio, penetrando na selva com um barulho enorme e cheiro insurportável.

 

Jorge e Pedro se esconderam em uma moita de capim verde, e Jorge descreveu em suas anotações as cores da cobra e a cabeça da monstruosidade, que tinha aproximadamente 0,50 cm (meio metro) de altura, com olhares acessos e retangulares. E afirmou no manuscrito que um casal de cotia, além de juritis, e outros pássaros encontraram refúgio na mesma moita. Todos hirtos de medo, lançavam a sua própria sorte naquele vendaval que acontecia de três em três dias.

 

Jorge, o jovem fotógrafo, amigo pessoal do indígena Pedro, disse o seguinte:

 

-Amigo Pedro.  Eu estou perdendo dinheiro em não fotografar esta cobra grande. Seria um destaque nos jornais do Brasil e do mundo. Vamos ao esconderijo dela para descobrirmos?

 

Pedro respondeu.

 

-Deus me livre de seguir àquele demônio. Eu quero é paz para o meu povo. Nossa tribo não autoriza esse tipo de negócio. Por favor! Não se atreva em seguir àquele bicho fedorento na selva. Vamos embora?

 

Insatisfeito, Jorge respondeu.

 

-Calma Pedro. Está nervoso? Não se preocupe. Quem vai seguir ela sou eu.  Não será você. Vamos agora? Eu preciso urgente dessas fotos? Você sabe que a minha maior curiosidade é saber onde fica a cidade dos Incas. É disso que eu preciso.

 

Por ser um índio e viver exclusivamente da renda da floresta, atendeu o pedido do amigo, apenas acompanhando, sem nada falar.

 

Com mais de duas horas em perseguição ao grande animal, Jorge observou que a cobra subiu um morro de coloração amarelo, e entrou em um grande buraco. E disse:

 

-Pedro, a cobra mora naquele morro amarelo. Veja a loca que ela fez no morro? Vou bater fotos do morro numa distância de cinquenta metros. Fique aí me esperando.

 

Ao ouvir Jorge, disse Pedro:

 

-Sim. Eu estou vendo a casa dela. Aquele morro amarelo é todo de ouro, e um pouco de terra vermelha. Vamos embora? Esse lugar é amaldiçoado.  Vamos?

 

Insistiu Jorge.

 

-Por favor! Espere eu bater mais fotos. Não seja ingrato comigo. Eu preciso de várias fotos.

Pedro assustado, disse:

 

-Não faça isso senhor Jorge. A cobra vai seguir você. Ela vai lhe pegar.  Não tire nenhuma foto desse  lugar. Vamos embora. Jogue fora.  Não ande com isto. Ela vem atrás de você.

 

Sorrindo, respondeu Jorge:

 

-Eu duvido se ela vem atrás de mim. Duvido. Com toda esta distância, nem voando me alcança. Vamos pegar o caminho do rio, rápido.

 

Ao chegarem ao Rio Solimões Pedro e Jorge pegam a canoa, e de repente, Pedro afirma.

 

-Veja senhor Jorge, a cobra entrando na água? Vamos remar rápido!

 

-Sim. Estou vendo, ela está quase 70 (setenta) metros de nós. Vamos remar mais rápido.

 

Sem demora, o animalesco, abriu a sua gigantesca boca e engoliu num só golpe o jovem jornalista e fotográfo Jorge. Com medo, Pedro se atira na água e nada para a outra beira do rio.

 

Ao chegar na Tribo, Pedro vai até ao cacique e narra toda a descrição dos fatos. Prometendo ao cacique não retornar mais ao local. E o cacique diz o seguinte;

 

-Todas as pessoas envolvidas na riqueza dos outros, perderam sua vidas. Já tentaram vender todo o ouro e perderam suas vidas. Amaldiçoado é aquele lugar, conhecido como Ipatite- a cidade perdida dos Incas. Nosso Deus afastará o amaldiçoado com o nosso silêncio.

 

 

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 05/10/2022
Reeditado em 05/10/2022
Código do texto: T7620594
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