COMO EXPLICAR AQUILO?

Aquilo realmente não poderia ser o que eu efetivamente estava vendo, seria impossível. Poderiam meus olhos me enganar sem qualquer explicação plausível? Não, lá estava nítido e sob um claro luar! Mas como? Eu mesmo me perguntava e exigia que minha mente esclarecesse o absurdo.

Onde estava meu celular quando presenciei o fenômeno? Naquele momento tudo falhou no raciocínio, nada fazia sentido, eu tinha enlouquecido. Ou não. Porque a visão se mostrava tão lúcida, o céu apesar de noturno banhava-se do luar, e eu avistei sim, vislumbrei ainda sem acreditar. Como era possível?

Tentei gritar para chamar minha mulher, os vizinhos, alguns transeuntes acaso circulando, eu não queria ver sozinho, precisava de outros que corroborassem meu testemunho. Contudo ninguém me ouviu, até porque fugiu-me a voz, e veio-me a impressão de que não havia mais qualquer outro ser humano no mundo além de mim.

Mas a raiva maior que senti foi não ter filmado o menino andando de velocípede bem acima dos telhados, sob o brilho da lua, risonho, feliz como se fosse a coisa mais normal do mundo o estranho acontecimento. Meu celular sumiu ou eu momentaneamente perdi todos os sentidos, exceto a visão. E o garoto, maroto, ainda acenou para mim! Depois, quando contei o fato não acreditaram em mim, disseram que sonhara. Não é justo, a criança andava de velocípede no ar, sob a lua resplandecente. Eu vi, eu vi!!

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 26/12/2022
Código do texto: T7679929
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