Dia 14/04/2019 -----------------hora 07:48

Acordei hoje com minha irmã me chamando. Eram 7:15 da manhã, e eu estava a sonhar. Lembro perfeitamente o sonho nesse momento, estava a voar com um ser “criança” que não era ou é deste mundo, desta realidade vivida, imaginada.

Era eu um ser diferente, não me via, mas há uma sensação que me lembro neste instante, com exatidão: uma espécie de contração nos olhos e a impressão que uma pele envolvia-os. Bem, é só o que posso falar sobre a minha própria aparência. Quanto ao pequeno ser, que aparentava ser bem mais jovem que eu, tinha uma aparência bela, olhos grandes, e tinha também uma pele que envolvia de tempos em tempos os olhos, mas era algo tão rápida que não incomodava.

Bom, a criança era um ser muito próximo a mim, isso sei pela forma como nos comportávamos. Apesar de ser bem mais velha que ela, senti e sei que entre nós não havia formalidades, ela falava de igual para igual comigo e eu para com ela. Éramos ali cúmplices na alegria de voar, nas preocupações também. Mas, não estávamos sozinhas. Havia um outro ser, uma “fêmea”. Ela sim, parecia que tinha uma autoridade sobre nós duas. Um ser alto, acredito que um pouco mais alta que eu, não muito. Digna, séria mas suave no tratar conosco.

Demonstrava em certa hora uma preocupação com nossa segurança, pois estávamos sendo perseguidas por alguém. Viajávamos sobre o planeta em que estávamos, lembro que havia lugares com algo parecido com vegetação, outros com uma espécie de paredões onde se viam verdadeiras fortalezas... Era um ambiente meio medieval, mas sem pompas. Tenho nitidamente a lembrança de uma certa ocasião no sonho, eu e a menina, voávamos sobre um pequeno aparelho, que aparentemente a condutora era a criança, pois eu e ela viajávamos juntas e o outro ser, em outro aparelho.

Em determinado momento, ela nos fez parar e começou a falar. Explicava o que devíamos fazer. Escutávamos caladas. Em um dado instante, olhei nos olhos dela e vi uma espécie de temor acima do normal. Parece que de alguma forma consegui me afastar da criança e me vi perguntando por que estávamos fugindo, se não era o momento certo de chamar a Ele.

O que ela me respondeu negativamente. Não, ainda não. Eu, ao que percebi, não insisti. Dentro de mim, sabia do que ela estava falando. Mas, aqui, agora, tenho dúvidas. E me vejo com igual dúvida quanto as nossas identidades.

Ela, eu sei quem era, pelo menos penso, era minha irmã e a criança, acredito, sua filha. Meu nome era chamado de forma quase incompreensível, mas eu atendia com a maior presteza. Não estranhava.

Bem, de qualquer maneira, continuando o sonho, eu voltei a voar com a minha sobrinha, assim penso, e estávamos sorrindo muito, alegres... De repente, vi que estávamos em outro lugar. Estávamos dentro de um ambiente diferente, fugíamos... Havia outros seres dentro daquele transporte...Sim, era uma espécie de transporte “público”, pois havia muitos seres. De vários tamanhos, alguns nos olhavam sem compreender e nós aflitos, correndo. Ao olhar para trás só via os olhos de um ser que todo vestido de negro, nos olhava com ódio... Havia maldade naquele ser.

E de repente ouvia a voz da minha irmã: Anda, não olhes para trás! Segue, segue teu caminho. E assim fiz. Continuei a correr. Logo, estávamos fora e novamente, me vi voando com a criança e já estávamos sorrindo, felizes até. E a ouvi dizendo: Ah , sabes já o quanto tivemos de aventuras juntas? Olha só, vamos correr mais? Quanto já voamos?

E aí, ao olhar a uma espécie de relógio, vi um número que me pareceu contagem de muitos e muitos quilômetros. E de repente, senti que voávamos mais rápido e senti mau presságio. Poderíamos bater em algo e pensei em falar para a menina. Foi então, que acordei com a voz de minha irmã. E, ainda no efeito do sonho, parecia que meus olhos não conseguiam abrir por causa da membrana que o cobria...

Era o ser acordando em mim. Não eu. Mas, a impressão passou e me dei conta que estava a acordar. O rosto do ser criança ainda nos meus olhos... Era um ser de outro planeta, assim como eu... Sentei-me na cama e fiquei ali em alguns segundos pensando e sorrindo: sonho? Uma sensação real demais para uma ficção.

E então me veio uma frase dita pelo Pai para mim: Filha, a realidade de hoje é que vocês vivem num mundo paralelo a outros mundos, e só no final desse mundo em que vives hoje, é que haverá novamente a junção dos mundos que se separaram um dia e se tornarão novamente um. Como era antes da grande explosão e da guerra nos céus...

(fim: 08:28 da digitação)

 

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