O INACREDITÁVEL EXISTE

Muitas pessoas têm bastante medo das coisas oriundas da espiritualidade e nelas simplesmente desacreditam e até debocham. Mas quando certa pessoa adoece e se acha numa situação de difícil cura e é aconselhada a procurar a espiritualidade, é ai que ela se vê na última alternativa de se livrar do mal e ter saúde.

*******

Deveria ser mais ou menos vinte e três horas de um 31 de dezembro de um certo ano. No céu alguns fogos explodiam antecipando a grande euforia da meia-noite que não tardaria a chegar festivamente, mas dentro da minha casa algo parecia diferenciar do normal e pouco demorou para que o inesperado acontecesse.

Foi uma situação de extrema excitação, que na dita hora da noite fui obrigado pedir ajuda a um vizinho para levar um parente a um centro espírita, pois sua situação era fisicamente incontrolável dentro de casa. Essa pessoa foi colocada dentro do carro do vizinho onde eu, ela e o motorista saímos à procura de um centro espírita para tentar devolver o real estado psicológico àquela pessoa.

Passamos por diversos bairros e bem distante fomos nos deparar na casa de um compadre meu, a quem lhe pedi ajuda.

Ele nos aconselhou trocarmos de carro e irmos no dele, pois já havíamos gasto muita gasolina, mas, para seu grande espanto, ele averiguo que os quatro pneus do seu carro estavam murchos e, surpreso, disse que aquilo era impossível acontecer, pois havia chegado há menos de uma hora. Tão logo o compadre entrou no nosso carro e nos conduziu a uma casa de um certo pai-de-santo, seu amigo, conhecido e respeitado por muitos da região, assim ele nos falou durante o trajeto.

Paramos frente ao portão de uma rua um pouco escura. A casa ficava a dez metros distante do portão, numa parte alta do quintal. O compadre batia palmas e chamava insistentemente o nome do tal amigo. Lá apareceu uma mulher e o compadre se identificou nominalmente.

*******

Sem a nossa alegria a festa de foguetório da meia-noite ficou para traz.

*******

O pai-de-santo apareceu na porta, desceu e veio a nós.

Depois do compadre contar ao pai-de-santo todo sofrimento que aquela pessoa sentia nos últimos tempos e mostrar a ele o que ora estava acontecendo com ela, ele mandou que entrássemos na sua casa. Entramos e ficamos no sofá da sala de visita. Ele desapareceu no interior da casa e logo voltou todo vestido com roupas brancas, trazendo numa das mãos uma espécie de sineta que a badalava ininterruptamente sobre a cabeça da dita pessoa, ao tempo em que falava coisas que não percebíamos o sentido.

Depois do ritual, e de ter a pessoa totalmente restabelecida, o pai-de-santo virou-se para nós dizendo:

Vou mostrar pra vocês quem eu sou: - quando vocês chegarem em casa terão lá uma surpresa deixada por mim.

Prezado leitor, o quê digo a seguir é de plena verdade:

Ao chegarmos em casa, por volta das sete horas da manhã, nos deparamos com as quatro bocas do fogão totalmente acesas (sem nenhuma panela) e uma vela, também acesa sobre a pia. Mas, o mais surpreendente é que não tínhamos nem uma vela dentro de casa, mas, aquela vela sobre a pia parecia ter sido acesa naquele exato momento que chegamos.

Nos arrepiamos de susto e medo com o inacreditável que existe.

José Pedreira da Cruz
Enviado por José Pedreira da Cruz em 23/06/2023
Reeditado em 29/12/2023
Código do texto: T7820458
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.