1183-UMA VELHA CASA ABANDONADA

UMA VELHA CASA ABANDONADA

Tarde suave, sol ameno e o pampa verdejante estendendo-se até o horizonte.

Ivã e eu, voltando de um passeio de bicicleta pela zona rural de Arroio Raso à tardinha, fomos atingidos, sem aviso nem previsão, por um vendaval de areia. Acertados em cheio e repentinamente, sem visibilidade, descemos das magrelas e fomos andando a pé, com as bicicletas ao lado, numa dificuldade tremenda.

Cegos, ensurdecidos pelo uivar do vendaval, perdemos a trilha, nosso caminho de volta. Cabeças baixas, mal protegidas pelos bonés, ficamos sem orientação, tropeçando nas moitas de capim baixo.

Erramos por uma pastaria e entramos por um campo de lavoura de arroz, o que dificultou mais ainda a labuta. Andamos talvez um quilometro ou mais pela extensão ressecada, pois a colheita do arroz já feita há meses, deixara apenas a soca, as moitas cortadas a vinte centímetros do chão, um terror para se caminhar.

Não enxergávamos mais que meio metro á frente. De repente, a sombra escura de uma edificação surgiu fantasmagórica, nas cores cinzentas e tristes do entardecer.

— OPA! - Exclamou Ivã. Tô vendo uma coisa aí na frente.

— Vamos devagar. Cuidado. Parece uma casa.

Eu temia que fosse qualquer coisa, menos uma casa na qual pudéssemos pedir abrigo.

Ao contrario, então foi que apuramos o passo. E logo chegamos ao lado de uma parede de madeira, de uma casa ou galpão.

A estrutura se apoiava em pilares de tijolos a coisa de um metro do chão.

— É uma casa!

— Vamos dar a volta, encontrar a frente dela.

Viramos no primeiro canto e demos com a frente da casa: uma modesta casa de madeira construída sobre pilares para enfrentar as cheias da lagoa, que aconteciam sempre que do sul soprava o Minuano.

Quatro ou cinco degraus levavam a um pequeno alpendre. Deixamos as bicicletas no chão e depressa subimos para o abrigo oferecido. Uma porta e uma janela estavam fechados, o que era natural, com aquele temporal. Nada de bancos ou cadeiras. Deitamo-nos, exaustos que estávamos, no assoalho, já coberto por uma fina camada de areia.

Ficamos ali, deitados, por uns bons minutos. Nenhum sinal de vida dentro da casa. O vento agora ia de encontro ás quinas das paredes e do telhado, e zunia com força.

As paredes de madeira estavam enegrecidas, algumas ripas em torno da porta e da janela estavam soltas e dependuradas. Frestas entre as tábuas, velhas e ressecadas. A parte do telhado que eu podia ver mostrava telhas afastadas, e até faltava uma, talvez levada pelo vento. Felizmente não havia goteiras sobre o pequeno alpendre.

Tão cansados estávamos que cochilamos alí, apesar do barulho. Cochilamos ou dormimos de verdade, pois acordei dentro de uma escuridão total, quando Ivã me chamou.

— Cara, acorda. Já tá de noite. .

Abri os olhos. A escuridão era total. A intensidade da tempestade diminuira. O vento ainda soprava e gemia , mas não havia mais areia no ar.

— Hã?

— Vamos ver se tem gente ai dentro. Faz algum tempo que acordei, e não ouvi barulho nenhum. Nem luz pelas frestas das tábuas das paredes.

Levantei-me. Olhei para meu relógio de pulso de números luminosos: eram onze horas. Ivã acendeu um isqueiro e bateu forte na porta.

Silêncio. Bateu ainda mais uma e duas vezes. Nada de resposta.

— Tá abandonada. O pessoal vem aqui só no tempo do plantio ou colheita do arroz. — Arrisquei o palpite.

— Vamos ver. - Ivã disse, ao mesmo tempo que empurrava a porta. Parecia que estava fechada, mas não. Apenas emperrada por falta de uso, e cedeu ao nosso esforço. Poeira caindo da parte superior do portal.

— Tem gente aí?

— Ô de casa !

Nenhuma resposta. A luz do isqueiro iluminou uma sala com uma mesa e quadro cadeiras, arranjadas corretamente ao seu redor.

Chão empoeirado e com detritos de morcegos. Um portas aberta dava acesso á cozinha, onde um fogão de lenha sujíssimo, com alguns galhos secos ao redor. Uma bancada com pia e torneira, uma mesa e armário. Teto sem forro, que dava um aspecto fantasmagórico ao ambiente.

— Está tudo abandonado faz muito tempo.

— Vamos ver o quarto.

Volamos à sala, e abrimos a porta do único quarto de dormir. Duas camas de solteiro, nuas, sem colchão, e um armário ao canto. Vazio. Poeira e fezes de morcego por todo o chão, sobre as tabuas das camas, e armário.

— Cruzes. Tá sem gente faz tempo. — Falei após observar tudo à luz do isqueiro .

— A sujeira é tanta que o melhor lugar prá gente ficar é no alpendre. Apesar do frio. — Sugeriu Ivã.

Voltamos ao alpendre e nos deitamos sobre o fino colchão de areia recém trazida pelo vendaval.

Minha barriga roncava de fome. Antes de cair no sono, começo a pensar na vida, como dizemos lá em Minas.

Quem diria? Eu, sossegado lá em Belo Horizonte, ter de vir trabalhar neste fim de mundo. E o Ivâ, nordestino de Fortaleza, veio estudar em Porto Alegre, a morar com seu irmão, contraiu pneumonia devido á diferença do clima e foi para Arroio Raso, onde o clima poderia lhe ser mais propício. E nós dois alí, desgraçadamente perdidos, famintos, sedentos, cansados sem saber como sair daquela situação.

Devo ter caído no sono novamente, e de novo fui acordado por Ivã:

— Acorda, Gobbo.

— Hã? Que foi .

—Tem gente ai dentro. Tô ouvindo barulho.

Esfreguei os olhos e apurei os ouvidos. Sim, havia barulho lá dentro. Vozes...? Passos...?

Olhei por uma fresta das tábuas da parede e Ivâ olhou por outra. Sim, havia movimento dentro da sala. A luz de lampião pendente de uma viga revelava as três pessoas lá dentro. Uma mulher loura, magra, esguia, de saia rodada que lhe chegava aos pés lavava qualquer coisa na banca, sob uma torneira. Parecia ter uns sessenta anos. Um homem, velho, talvez setenta ou mais anos nas costas, de barbas e cabelos brancos sentava-se á mesa enquanto outro, mais moço, (quarenta anos?) caminhava de lá prá cá, a esmo, falando e gesticulando, erguendo os punhos e as vezes apontando para o velho.

Roupas velhas e antigas, coisa de muito tempo atrás.

Pareciam pessoas normais, mas os olhos... os olhos... que estranho!!! Não vi os olhos, mas apenas uma cavidade, uma sombra. Não tinham olhos que brilhassem á luz do lampião, nem pálpebras que piscassem.

— Credo! Eles não têm olhos! São fantasmas! São zumbís!

— Num brinca, Ivã. Vamos embora daqui!

Mas não conseguíamos descolar nossas testas das frestas entre as tábuas e olhar curiosamente para a cena fantasmagórica. Nem percebemos que voltara a ventar, e com violência. Olhei para fora , fui até a base da escadinha, e senti o bater forte dos grãos de areia em meu corpo e em meu rosto, que ardeu com o impacto das minúsculas partículas.

— Virge Santa! Voltou o vendaval.

Ivâ veio conferir.

— Puta que pariu! Num dá pra sair com essa ventania de areia!!

Como que num movimento combinado voltamos a observar o interior da sala.

— Será que a gente entra? —Perguntei só por perguntar, pois sabia que aqueles seres alí dentro não eram do nosso mundo, com certeza.

— Tu tá louco, Gobbo? Num vê que eles são...

Não ouvi o resto do que Ivã disse devido ao uivar do vento que aumentou de forma impressionante.

Lá dentro, o homem mais moço andava em passadas cada mais fortes, os gestos aumentando. Parece que os uivos da ventania o impeliam a falar mais alto e a ficar cada vez mais excitado. Estávamos hipnotizados com a cena que se tornava cada vez mais tétrica, pois, se não ouvíamos as palavras do homem que andava de lá prá cá, ouvíamos o uivo do vento, que acompanhava bem o cena dramática que se desenrolava lá dentro.

O velho se levantou e tentou falar mas foi violentamente empurrado, e só não caiu porque se apoiou na parede, perto de onde havia uma porta; ali, escorado na porta, ficou tremendo. Mas parece que gritou com o moço (seria seu filho?).

Haveria uma relação com o aumento da ventania e a raiva do homem lá dentro? O vendaval quebrou galhos de uma arvore na frente da velha casa e fazia estalar a estrutura da casa. E mais areia trazia para o pequeno alpendre onde eu e Ivã acompanhávamos, fascinados o desenrolar da cena dentro da sala.

Já tinha certeza que o homem moço estava irado mesmo, quando ele chegou perto da mulher e pegando uma faca de ponta que estava sobre a bancada, num rapidíssimo movimento, pulou para o lado do idoso e enterrou a faca no seu peito.

O velho caiu de borco no chão, quando o assassino retirou a faca de seu corpo. A mulher levou as mãos ao rosto enquanto emitiu um grito, que não ouvimos devido ao uivar do vendaval.

Ainda com uma agilidade impressionante, o assassino pulou para o seu lado e da mesma forma, num átimo, cravou a faca no peito dela, que caiu de costas, deixando a faca ensanguentada na mão do agressor.

Como uma sequência de cena de um filme de horror, a porta do fundo da sala foi aberta e entrou um homem que, assim que o vi, notei a grande semelhança com o apunhalador, e, ainda que surpreso com o que viu, fez um gesto de agarrar o braço cuja mão segurava a faca. Numa agilidade felina, o louco (pois só podia estar) desviou, e ao mesmo tempo acertou o braço do seu semelhante. Ágil, se colocou por trás do recém chegado, de cujo braço jorrava sangue abundante, e meteu a ponta da faca em sua nuca.

Jamais vi tamanha expressão de dor (ou terror, ou medo, ou sei lá o quê) enquanto ele levou as mãos ao pescoço e também foi ao chão.

Fiquei paralisado de terror. Ivã me peou pelo braço e sem dizer nada, me puxou para fora do alpendre.

A tempestade era apocalíptica, parecia o fim do mundo. Agachamos debaixo dos degraus de madeira da escada, tentando nos esconder do vento e da areia, quando vimos algumas telhas voarem, e a estrutura balançar sinistramente.

Vimos o vulto do assassino quando ele saltou sobre a escada, caiu, levantou-se e tentou correr, mancando. Desapareceu no negrume da noite.

— Torceu o pé...

— Cala a boca!!!! Vamos sair daqui, a casa está caindo.

Corremos e apenas a uns cem passos ouvi um grande barulho, um estalo de madeira quebrando. Olhei para trás: A casa desmoronava.

Aumentamos a corrida, sem saber para onde ir. Cai num buraco, onde Ivã já estava, tremendo como vara verde. Era uma vala de um metro de profundidade, onde ficamos, arfando, escutando, mais alto do que o uivar do vento, o estrondo da casa desmoronando. O vento passava por sobre nós, abrigados na vala.

Levantei a cabeça e ví labaredas elevando-se de um monte de destroços que era o que restava da casa.

Cansados, horrorizados, apavorados, permanecemos deitados na vala.

— As bicicletas... — sussurrei.

— Ssssshhhh. Fica quieto, o filho da puta pode estar por perto.

Ficamos assim por longo tempo. O vendaval passou ao amanhecer.

Só tivemos alento de sair da cava quando o sol bateu nas nossas caras.

O dia amanheceu esplendoroso, céu lavado, sol quente. Com cuidado, elevamos nossas cabeças e vimos: o campo a perder de vista estava coberto por areia. Na direção da maldita casa só um monte negro de madeira queimada, de onde ainda saía pouca fumaça.

Saimos da vala: molhados, braços e rosto ardendo devido à areia que nos feriu no pequeno percurso que corremos fugindo da casa assombrada

— Vamos ver se ainda temos as bicicletas. — Disse Ivã.

Não vimos nem sinal das duas magrelas. O fogo havia destruído tudo, pois a madeira velha tinha sido um ótimo combustível para a queimada.

— Vamos ter que voltar a pé.

— Em que direção? Não estou vendo nem trilha nem estrada. Estamos perdidos.

O caminho de volta foi tão penoso que nem quero lembrar. Em um determinado ponto, vimos, bem ao longe, a torre da caixa d’água da cidade, que nos serviu de “farol” para chegarmos em Arroio Raso pelas dez horas da manhã.

Imundos, cansados, e ainda temerosos de encontrar o assassino a qualquer instante (medo inexplicável, pois em nenhum momento ele nos vira) foi assim que passamos defronte a igreja de onde saiam os fiéis assistentes da missa das nove horas.

A história daquela noite, relatada por mim e pelo Ivã com detalhes aos amigos e muitos curiosos, nos valeu muitas gozações e a pecha de maiores mentirosos da cidade.

Ficamos chateados, é claro. Muito chateados mesmo, pois, além de perdermos as bicicletas dos dois colegas de trabalho, e tivemos que entrar numa cordo para indenizá-los.

***

Até que, questão de uma semana depois, fomos convidados por um grande proprietário de terras e de gado em Arroio Raso, para um churrasco em sua fazenda. Chamava-se Leoncio Aguirre. Tanto eu como Ivã não tínhamos muito conhecimento das pessoas mais idosas da cidade, pois estávamos residindo em Arroio Raso há pouco tempo.

Perguntei ao colega Saldanha, grande conhecedor de todo mundo no lugar.

— Leoncio Aguirre? É o maior fazendeiro do município. Gosta de ser chamado de Leon. Boa conversa, mas tem umas manias engraçadas. Gosta de ler e acha que um dia o homem irá a Lua, que gente e gado que desaparece passa vivo pra outros mundos, umas coisas esgtranhas. Or essa coisas, não se dá muito bem com o Padre Belchior, mas sua mulher é muito religiosa...

Lá fomos, sem saber qual a razão do convite.

Familia grande, estavam lá todos os membros da clã: seu Leoncio, Dona Izabel, cinco filhos e suas mulheres, mais uma quantidade inumerável de netos.

O dono da casa era um senhor de estatura mediana, rosto comprido onde um grande bigode escondia a boca; olhos escuros e tez morena, como acontece com pessoas que vivem ao ar livre. Era idoso, pois os cabelos brancos e a barba grisalha indicava idade avançada.

Dona Izabel era alta, talvez fosse mais alta que o marido, rosto moreno e cabelos longos, muito pretos. Teria quantos anos? Cinquenta, cinquenta e cinco? Voz sonora e e modo de falar autoritário, me deu a impressão de que era ela quem dirigia a família.

Fiquei tão fascinado com o casal que pouca importância dei aos demais da família. impressionado com o cal

Comida excelente: carne de primeira, assada á moda gaúcha, uma galinhada e diversos outros pratos, regados a um bom vinho. Como sobremesa, delicioso doce chamado ambrosia que realmente fazia jús ao nome: um néctar digno dos deuses.

Assunto não faltou: fizeram-nos relatar mais de uma vez nossa “aventura” naquela noite, e ninguém debochou nem mesmo manifestou o mais leve descrédito.

Assentados, após o churrasco, no alpendre da casa, foi-nos oferecido, a mim e ao Ivã, delicioso café, enquanto a maioria dos adultos tomavam chimarrão, que diziam ser digestivo.

— Bem, seus moços, nós ouvimos a história de vocês, e como sou um dos mais velhos habitantes daqui - da cidade e da região - devo dizer que, ao contrário da maioria das pessoas, acredito nela. Por isso, convidei vocês dois para contar-lhes outra história.

Parou de falar e puxou um gole do chimarrão, que lhe passaram ás mãos. Senti um clima de suspense.

— Há muitos anos, coisa de uns cem anos atrás, quando a região aqui estava começando a receber os primeiros habitantes, aconteceu um causo que terminou em tragédia. Numa família de quatro pessoas, houve uma desavença por causa de marcação de limites de terras. Ainda era tudo sem regulamentação, o pessoal chegava e ia tomando conta das terras. Essa família de quem vos falo era constante de um casal e mais seus dois filhos. Gêmeos, por sinal.

Senti um frio na nuca, que desceu espinha abaixo. Pai, mãe e dois filhos gêmeos. Sem querer pensei naquela tragédia que tinha assistido.

Seu Leoncio continuou:

— Os gêmeos começaram discordar na questão de marcação das terras que ambos se haviam apossado. Discussão daqui, discussão dali, a desavença ficou feia e os gêmeos ficaram inimigos. Eles se chamavam Rodrigo e Reinaldo. Rodrigo era mais esquentado, e chegou ameaçar de morte, várias vezes, o irmão.

Reinaldo morava com o pai e a mãe numa casa que construíra no seu pedaço de terra. Era tranquilo, muito diferente do irmão, com quem já havia proposto diversos acordos , que não aceitava nenhuma proposta.

Um dia, um dos gêmeos apareceu na vila dizendo que a casa onde moravam os pais e o irmão havia pegado fogo e que ele, que estava lá visitando os pais, tentou apagar, mas o vento era muito forte naquela noite e o fogo tinha queimado tudo. Nem os pais nem o irmão conseguiram sair da casa e desapareceram no incêndio.

Seu Leoncio deu uma parada na sua narrativa. Eu e Ivã já havíamos trocado olhares, e cada vez eu ficava mais atemorizado. Até onde seu Leoncio queria chegar?

— Dizem que ninguém acreditou na história do Rodrigo. Havia uma rixa braba entre eles e

Ivã perguntou, denotando um temor irracional:

— O senhor acha que nós vimos acontecimentos que ninguém nunca teve notícias?

— O senhor acha que vimos fantasmas? — perguntei.

— Olha, moço. Já vi muitas histórias e causos nestes noventa anos de vida. Nunca acreditei em fantasma...

Respirei, aliviado. Finalmente alguém que acreditava na gente, nos fatos que presenciamos.

— .... mas acho que tudo tem uma explicação cientifica.

Ivã perguntou ansioso:

— Mas como explicar o que vimos?

—Olha, desde criança que leio esses livros de viagens em outros mundos. Entre os primeiros livros que lí, um foi Viagem à Lua, de um escritor bom nesses assuntos de viagens e aventuras. Nunca mais parei de ler essas histórias Hoje eles chamam de ficção científica. Gosto mesmo!!

— Então...? - Eu e Ivã perguntamos ao mesmo tempo.

— Então vocês viram, sim, aquela tragédia. Vocês estavam lá. Vocês fizeram uma viagem no tempo.

Ivã e eu ficamos de boca aberta, enquanto seu Leoncio dava um sorriso maroto, de quem tem certeza das coisas.

ANTONIO ROQUE GOBBO

“O Senhor dos contos”

Belo Horizonte, 8 de abril de 2023

Conto # 1183 da Série

INFINITAS HISTÓRIAS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 24/08/2023
Reeditado em 31/08/2023
Código do texto: T7869184
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