Amor no pÓs-aMoR... sE pRaga???

Ficou completamente só,

Não queria mais seu par.

Desejou-lhe o mal sem dó,

Pediu para o invisível lhe justiçar.

Soube desejar lá bem do fundo da alma

Tudo de ruim recair sobre sua “ex” metade.

Praga era pouco: queria seu fim sem ressalva,

Terremoto, tsunami, vendaval, tempestade.

A dor adoeceu sua razão e entendimento

Sem que pudesse medir o alcance de tudo.

Mal concebia que só aumentava o próprio sofrimento,

Muitos na família alertavam para esse absurdo.

O dia veio em que o destino fez coincidir

E a pessoa que “já amou e agora odiava” pereceu.

Mas o veículo que contra o de seu “ex” veio a colidir

Era nada mais, nada menos... do que o seu.

Restou para seus conhecidos um insistente mistério

Sobre fenômenos estranhos observados:

Assim que seus corpos repousaram no cemitério,

Pelas ruas de madrugada eram vistos juntos e misturados.

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Da coleção zezediozoniana: “Contos de terror que não dão medo”