O ESTRANHO BARULHO

Microconto

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Debruçado na janela olhava a rua por ter escutado um barulho estranho, porém nada de anormal percebi. Olhei o relógio da catedral logo a minha frente, passava das onze da noite. A noite estava fria e ninguém transitava por ali, momento em que senti um friozinho na espinha.

A luz da sala estava apagada, o barulho lá fora cessou, mas atrás de mim ele recomeçou. Como explicar esse tal barulho? Era como uma porta sendo forçada ou algum animal arranhando com as patas, coisa assim, nem dava para definir com exatidão. Eu tive receio de me virar para a sala escura e mesmo já suando frio continuei olhando a rua.

Reuni forças e, criando coragem, me virei, sabia que ia me deparar com algo anormal e, lógico, tentaria gritar, já que estava sozinho. Mas o grito foi sufocado, me deparei com a sala às claras, luzes acesas e tudo absolutamente normal. Respirei aliviado.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 19/04/2024
Reeditado em 19/04/2024
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