As Renas de Papai Noel

Conta-se que certa vez, no dia das Bruxas, que a Bruxa Catavento cansada das festas Natalinas, resolveu prender o Papai Noel numa armadilha em sua cabana no meio da floresta.

Com a proximidade do Natal e como Papai Noel havia sumido e ninguém sabia onde encontrá-lo, as Renas de Papai Noel resolveram procurá-lo de maneira incansável. Elas iriam dar voltas ao Mundo todo até achá-lo para o dia de Natal que já se aproximava.

As Crianças não poderiam ficar sem ele no Natal.

Procuravam nas praias cariocas e foram ao Cristo Redentor.

Depois voaram para as montanhas de Minas Gerais onde beberam um bom café. E na Bahia comeram acarajé e conversaram com os búfalos.

No frio da Argentina dançaram tango. E no Mar do Uruguai viram as focas marinhas, e no Chile subiam e desciam montanhas.

Para depois atravessarem o oceano e voarem pelo deserto do Saara. Vistoriaram todo o continente Africano e depois a China. Foram a Austrália e ao Japão. Pediram ajuda a todos os bichos e pessoas e com a utilização de novas tecnologias como o computador, pediram ajuda aos internautas. Mas nada de Papai Noel aparecer ou alguma pista de onde poderiam encontrá-lo.

Estiveram sobrevoando a Itália e comeram pizza.

Foram a Portugal e a Espanha. Na Noruega, Dinamarca e França. E ficaram meditando lá de cima da Torre Eifel, porque estiveram na Índia e aprenderam a ter calma e a meditar.

Mas o tempo corria. E já se aproximava o Natal. E nada de encontrarem o Papai Noel. Estavam tristes por jamais imaginarem um Natal sem a sua presença.

As Cidades esperavam sua visita e todas iluminadas, o que simbolizava a esperança.

Um dia as Renas de Papai Noel ficaram sabendo por um email recebido pela Bruxa Boa, que ele teria sido capturado pela Bruxa Cataventos que detestava o Natal. Então elas partiram imediatamente em disparada para a Floresta Gelada de Krainacoitian.

Era lá nas Montanhas distantes que ela morava.

E viram numa penumbra terrestre os vestígios da Luz azul avermelhada, e era este o local. Só poderia ser a casa da Bruxa Catavento Má com a sua magia contagiante.

Combinaram que bateriam em diversos lugares:

Nas duas portas, nas quatro janelas e em momentos diferentes.

Esse era o plano.

A Bruxa era uma só, e assim, ficaria atordoada com tantas batidas de cascos ao mesmo tempo, em portas e janelas, as seis Renas já sabiam que ela não gostava de muito barulho.

E a Bruxa Catavento ouviu baterem à porta e perguntou:

_ Quem está ai? Não vou abrir a porta!

_ Quem está ai? Não vou abrir a janela!

E as seis Renas batiam sem parar, na porta, na janela, na outra porta, na outra janela, com seus cascos duros fazendo muito barulho, até ficar insuportável o barulho até mesmo para uma Bruxa má!

E a Bruxa Catavento abriu a porta e já foi correndo abrir a janela da esquerda, porque já tinham barulhos de cascos de Rena por lá! E depois na janela da direita, as Renas eram ágeis e incansáveis, batiam seus cascos sem parar!

E assim uma Rena, vestindo o manto invisível de Papai Noel, enquanto a Bruxa Catavento abria as janelas, libertou o Papai Noel do porão encantado.

E quando a Bruxa percebeu, já estava ali sozinha, com todas as suas portas e janelas abertas. De onde saíram: a Tartaruga, o Corvo, o Morcego, os Marimbondos, as Cobras, os Sapos e todos os bichos também fugiram. Porque queriam neste ano, também comemorar o Natal.

E a Bruxa Catavento ficou ali olhando o silêncio da casa solitária em que vivia.

Papai Noel feliz e junto com as suas Renas, saiu gritando hohohoho!!

E foram comemorar mais um Natal alegre, com a festa da esperança e alegria para todos os seres do mundo.

_E a Bruxa?

Ela descobriu que Papai Noel, mesmo ficando preso e triste, deixou para ela um presente de Natal encantado. E quando ela abriu o pacote, encontrou pela primeira vez a felicidade que jamais tinha vivido. Por descobrir o significado do Natal. Ao receber um presente com o amor de Papai Noel, a Bruxa Catavento finalmente descobriu que o Natal significa: _ Amor e esperança pela vida e por todos os seres do planeta.

Fim

Gisele Santana, Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2011.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 06/12/2011
Reeditado em 02/12/2013
Código do texto: T3374572
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