PAPAI NOEL E O MENINO DA RUA VEREADOR WILTON LOBO




É na cidade de Caxias, Estado do Maranhão, conhecida como a Princesa do Sertão, localizada na terra dos cocais, em que nasceu Wilton Lobo, filho da mais tradicional família Lobo, desbravadores e pioneiros na sedimentação política e comercial do município caxiense, um homem dotado de incomensuráveis qualidades, como engenheiro agrônomo desempenhou árduas atividades públicas nas empresas Cimec e Emater. Aspirando desenvolver uma vida mais digna aos caxienses, exerceu a função de Vereador, legislando e criando projetos que fulminou na abertura de um bairro pobre que levou o seu nome e ruas. De tal modo, que Wilton Lobo possuía vocações parlamentares de um homem da Grécia Antiga, cooperando com o seu povo e sua gente o retrato fiel de um pleito na história de Caxias, realizando o elo entre o povo e a prefeitura, filtrando e atendendo inúmeros pedidos nas mais diversas soluções.

Ali, por trás da mais antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no centro comercial, nasceu o parlamentarista Wilton Lobo que conheceu desde muito cedo a vida mercantil por trás dos balcões da “Casa Matoense” ou João Lobo & Filhos, ainda pequeno sonhava ser um doutor e master da coletividade caxiense. Um dia, teve que deixar a bela cidade de Gonçalves Dias, retornando com o espírito incentivador e senso comunitário ao seu povo.

Wilton Lobo foi e sempre será o Hércules que já debateu os temas mais relevantes da sociedade caxiense em audiências públicas, um fiscal atuante em prol do dinheiro público, além de elaborar emendas ao regimento interno da Câmara Municipal.

Lembro-me, que certa vez tive a oportunidade de está naquele bairro pobre de Caxias, e adiante chegar um veículo carregado de presentes de natal, era Wilton Lobo, o vereador que descia do automóvel e uma população que se aproximava com regozijo nos olhos e sorriso de natal.

Andando por aquele bairro que leva o seu nome, um morador confessou-me que Wilton Lobo será sempre o mais elogiável retrato que reside dentro de seus corações, atravessando ruas e travessas, o nome de Wilton Lobo é eterno, está presente nos cartões postais, na boca das pessoas, no código de endereçamento postal brasileiro, é no presente e futuro um homem que idealizou os sonhos de muitas pessoas humildes. Acontece como sempre aconteceu, a narrativa que se passa aqui, é mais um evento que sucedera recentemente na Rua Vereador Wilton Lobo no bairro Wilton Lobo, em Caxias(MA), onde uma encurtada família constituída de mãe e filho reside naquele bairro.

Naquela manhã, ao se aproximar de sua mãe, o meninote indaga:

-Mãe, amanhã é natal, o que será que o Papai Noel vai me dá?

A humilde senhora com o rosto marcado nos desencontros da vida responde:

-Não sei meu filho.

-Será que vou ganhar um presente? Papai Noel parece que não gosta da gente. Ele só anda na casa dos ricos. A senhora viu o presente do filho do Matias o ano passado. Ele ganhou um vídeo game.

Retrucou cabisbaixo o guri:

- Meu filho! Papai Noel sempre lembrou dos seus filhos, por mais distante que moram ele não esquece.

-Esqueceu sim mamãe! O ano passado não ganhei nada, somente uma bola de plástico e até furou. Todo mundo no bairro João Viana ganhou presentes. Eu não sei porque ele esquece de passar nesta rua do bairro Hilton Lobo.

-É verdade filho, quando Wilton Lobo era vereador aqui era uma verdadeira festa. Mas este ano o papai Noel vem com certeza. Acredite que o amor do Papai Noel remove montanhas e abre caminhos no céu.

Explicou a mãe com os olhos mergulhados numa esperança:

-Eu queria que o Papai Noel me presenteasse com um vídeo game e um televisor. Já estou cansado de vê televisão nas casas dos outros. Eu não sei porque sou pobre. Quando eu crescer mãe, vou lhe dá de tudo. E o meu pedido ao Papai Noel é só isso mãe que eu quero.

-Filho, os seus pedidos serão ouvidos. Neste natal são tantas crianças pobres no mundo que o seu trenó não dá pra levar a todos. Mas este ano ele virá. Tenha fé em Deus!

Disse a mãe confortando as esperanças longínquas. E no dia 24 de dezembro, às seis horas da manhã, Marilda foi trabalhar na residência de um empresário caxiense, exercendo as atividades como faxineira. E lá a patroa lhe perguntou.

-Marilda já comprou o natal do teu filho?

-Não. Eu não tenho condições dona Lizete. Meu filho quer um televisor e um vídeo game. Eu não estou em condições, ainda estou devendo o quitandeiro.

-Não seja por isso que você vai deixar de dá o presente do seu filho.

Argumentou com um sorriso a patroa.

-Dona Lizete! Eu só recebo um salário, e não dá para comprar, sou pobre e sem marido, a senhora sabe muito bem disso.

-Vá agora mesmo no Armazém Paraíba e fale com o gerente Edmundo para lhe entregar o presente de Natal do seu filho, pois, toda a despesa é minha, e vamos realizar o natal do menino.

-Eu não acredito dona Lizete! Meu filho vai morrer de alegria quando acordar. Tudo parece um verdadeiro milagre. 

Disse a senhora surpresa;

-Pois é Marilda, é tudo o que posso fazer por você. No natal não se pode negar nada, temos que fazer alegrias e esperanças, renovando o prazer de um natal feliz.

À noite, dona Marilda chega em sua  residência, momento em que o garoto averigua;

-Mãe, será que o Papai Noel vai se lembrar de mim?

-Vai sim filho. Disso eu tenho certeza. Você tem que dormir cedo e quem sabe pela manhã o seu presente já esteja debaixo de sua rede. Você já rezou?

-Sim mamãe!

O menino logo adormeceu na rede com a cabeça do lado de fora, aguardando a vinda do  Noel, e desde cedo já havia escrito um bilhete para entregar ao seu Papai Noel, colocando-o debaixo da rede, descrito na forma abaixo:


“Papai Noel!”

Boa Noite!
Meu nome é Francisco Cardoso de Mello, tenho apenas 7 anos, moro na Rua Vereador Wilton Lobo, 734, bairro Dr. João Viana, em Caxias. Sei que já ouviu falar na terra do poeta Gonçalves Dias.
Hoje, vivo sonhando com a sua chegada, olho constantemente para o céu e não lhe vejo. Eu quero ganhar um vídeo game e um televisor, pode ser um televisor usado de alguém que não queira mais, o senhor pode conseguir rapidinho, basta querer.
A minha mãe é pobre, e eu não tenho pai, por isso Papai Noel, venha depressa, por favor! Eu só tenho 7 anos e sou o melhor aluno da sala de aula. Eu vou lhe agradecer demais! Sei que seus filhos lhe esperam assim como eu. Não me deixe Papai Noel! A galera do bairro vai me chocalhar se eu não ganhar estes presentes. Quero provar a eles que você existe e tem fama no mundo inteiro.
Quero que venhas, por favor! Não me deixe passar vergonha. Já espalhei por todas as ruas do bairro que você vai me dá este presente.
Ninguém acredita mais em Papai Noel. Mas a professora me falou que você pode realizar muitos sonhos. Realize o meu!
Eu vou ficar esperando na minha rede você chegar, não importa a hora.
Minha mãezinha acredita em você e também traga pra ela muitas roupas. Eu sei que minha carta é grande, mais sei que o senhor vai ler todinha, pois sou um menino legal pra chuchu e obediente.
Tô lhe esperando Papai Noel, não me deixe na mão, viu?

Assina
Francisco Cardoso de Melo ou Chiquin da Rua Vereador Wilton Lobo, perto da caixa d’água.”


A noite já se escondia por trás das estrelas, já estava próximo do nascimento de menino Jesus, fogos de artifícios flamejavam nos bairros da cidade, colorindo o céu caxiense, as lojas do centro refletiam os brilhos de mais uma esperança, os clubes estavam lotados, os motos taxistas percorriam velozmente as ruas e avenidas com destino ao balneário Veneza, e o menino embalava seus sonhos na Rua Vereador Wilton Lobo, numa casinha de taipa coberta de palha de babaçu com uma janela e uma porta.

Ainda no maior centro comercial da região dos cocais, o gerente do Armazém Paraíba, senhor Edmundo, um homem cortês, dedicado, um gestor que melhor aproxima os clientes nas vantagens proporcionadas aos anseios da clientela da loja de departamentos, um homem digno e merecedor das honrarias a que faz jus, o amigo dos amigos, um dos melhores gerentes da região dos cocais, é sem dúvida, Edmundo que sempre soube construir amizades e clientes na maior Loja de eletrodomésticos do Brasil – ARMAZÉM PARAÍBA – SUCESSO EM QUALQUER LUGAR. E em poucos instantes, conversa com o motorista de entregas.

-Vamos fazer a última entrega! É uma entrega especial a pedido de uma cliente. Falta apenas uma hora, e o pessoal lá em casa está me aguardando pra ceia de natal. Vamos se apressar.

-Pronto Sr. Edmundo. Vamos!

-Espere-me que vou vestir a roupa de Papai Noel e realizar pela primeira vez de minha vida, o prazer de sentir o que é ser Papai Noel. Ao chegar lá, você tira várias fotografias, e deixe duas na casa do menino.

O motorista afirmou.

- Sr. Edmundo você está parecendo um Papai Noel de verdade.

-É verdade, sinto no meu corpo algo estranho, sinto que a alegria é maior que qualquer coisa. Antes, passe em minha casa, quero que minha família e meus convidados sintam o espírito de Natal.

Desse modo, partiram, e ao chegarem na residência do menino, a rua escura refletia as luzes do centro comercial e dos outros bairros, desceram com os presentes e o gerente Edmundo posou várias fotos ao lado da rede listrada em que dormia, o espelho inocente de uma criança, iluminada por uma única lamparina, colocando debaixo da velha rede, os presentes.

O motorista indagou:

-Senhor Edmundo! Está tudo bem?

-Está. Eu não consigo falar, não consigo dizer nada à mãe dessa criança. É muita emoção! Veja como dorme esta criança a espera do seu Papai Noel? É por isso que o nosso amigo e patrão Doutor João Claudino sempre nos falou, que a verdadeira comunhão do homem, é fazer da simplicidade o caminho do amor, onde se encontram as estradas do sucesso e prosperidade.

Já era quatro e meia da manhã de natal. As galinhas, ainda não haviam descido do pé de goiaba, e de repente, o menino acorda e pega a foto e leva imediatamente ao quintal para observar no claro. Naquele instante, o guri analisa o Papai Noel ao lado de sua rede com os presentes. Ele suspira e grita:

-Mãe! Mãe! O Papai Noel leu a minha carta. Veja a foto dele ao meu lado!

-Calma meu filho, vá dormir!

-Como eu vou dormir? O Papai Noel é de verdade, ele leu a minha carta e levou com ele. Mãe! Ele esteve aqui em nossa casa. Veja! Ele é mesmo de verdade.

O Menino abriu os presentes e viu o televisor de 29 polegadas e um vídeo game, e logo saiu à porta da rua, acordando toda a vizinhança.

-Hei Pessoal! Pessoal! O meu Papai Noel esteve aqui em casa. Juninho! Juninho! Fabin! Eu ganhei o meu presente.

Assim, foi a alegria naquela rua do bairro Hilton Lobo, onde a paz e a felicidade brilhou no nascimento do menino Jesus, o nosso Salvador com esperanças na primazia de cada um.

Ao chegar na sua residência, o gerente Edmundo da maior Loja de eletrodomésticos do Brasil – Armazém Paraíba, leu a carta dirigida ao papai Noel de uma criança pobre da periferia da cidade, lavrando com emoções todos os presentes, oportunidade em que seus filhos e esposa o abraçaram e beijou o Papai Noel da Rua Wilton Lobo – Sr. Edmundo,  expelindo emoções não se conteve, afirmando o seguinte:

-Se todos as pessoas fizessem pelo menos no dia de natal a alegria das crianças pobres, o mundo seria de um Papai Noel, levando alegrias, esperanças e um sorriso de paz. Se não dermos um pouco do que temos dentro de nós, não poderemos sentir os anseios dos mais fracos. Por isso é Natal e vamos compartilhar o Natal com todos vocês. Cristo é vida.
 


http://www.armazemparaiba.com.br/
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 17/12/2007
Reeditado em 20/12/2016
Código do texto: T782191
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.