O túmulo

Estou em frente ao meu túmulo. O corpro que está lá dentro foi devorado pelos pensamentos negros que o habitam.

agora só restam espectros da antiga beleza que havia em meu corpo, e vejo-os correndo e fluindo por todos os orifícios dentro do que agora não passa de uma carcaça velha e podre.

Eu quero! quero muito sair daquele túmulo dentro do cemitério que sou, mas o resto de Luz que há em mim não consegue se livrar das poderosas correntes de Hefestos, usadas pelos Espectros, para me prenderem e manipulando o meu corpo, para que eu seja guiado conforme a vontade deles.

O corpo já nem reagem mais. A vontade apaga-se. A única fagulha da Luz, cujo brilho está fraco agora, foi jogada aos confins do meu corpo, perdida num labirinto dentro deles. Os Espectros apossaram-se de tudo, não há mais jeito, sinto um sono intenso que não dá para controlar. Adormeço.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 22/10/2011
Código do texto: T3291731
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