A FONTE ato 11

A FONTE ato11

A verdade torna infantil a descoberta

de todo espectro escondido que paralliza

na imensidão do vasto horizonte

antes nunca permitido ao mortal

os portais precisam de vítimas

nas oferendas aos Deuses

o sangue que escorre chave aberta

do submundo nada mais resta

ao deambulo que mal sabia

de sua escrita no solo fértil Dele

quando matava ela no desejo

desenfreado na coragem de assassino

nos hinos impuros intocados

por quem ama aquele símbolo

que trai no peito brilhando ofendido

o solo úmido responde sua sede

ele está no caminho

as aparições nas sombras

mostram o medo que agora sente

a miragem das águas limpidas azuis

cristalinas do fosso somem no escuro

ficam negras marcas a frente

ele para encosta nas rochas

sente o calor subindo

seus pés estão descalços

pressente o encontro acontecendo

dos lados que olha nada percebe

de cima havia ritmos rápidos

escrevendo o que estava na sua mente

eram frases repetidas de quando

intrépido destemido na agonia

desesperada entregava ela ao "mito"

ele olhava o que não encontrara

tocava as vertigens da amargura

do que não tocava nos sonhos que teve

ficou perdido imóvel sentindo

o calor que subia suas narinas

estavam agora vermelhas

seu rosto escurecido olhos abertos

profundos onde o branco cintilava

como que derretendo lágrimas

congeladas lágrimas guardadas

do filho que teve ele ouvia

a voz de quem dormindo lá em cima

sobre a relva sozinho

perguntava pela mãe onde estava

as pequenas mãos tentavam

pegar o silêncio do vento

ele ainda estava dormindo

que calor maldito era esse

em frangalhos corrompido

da violência que tinha

onde estava esta violência

que agora o deixa caído

toda essência da violência

engana nas forças corrompidas

nunca esteve surpreso

de encontrar o verdadeiro espelho

que procurava na devassidão

quando dela livrou-se por amar

quem o trouxe ao destino

o primeiro vestígio fugiu

deixando as marcas

ele deve andar sobre elas

porque o calor sobe

e a ponte para o outro lado

não tem qualquer pista

o calor tem um nome selado

na boca aterrozida dela

quando comia as terras jogadas

das risadas enfadonhas

as risadas enfadonhas

agora ele está ouvindo

fica perdido no meio de tudo

as marcas estão...sumindo.

MÚSICA DE LEITURA: Ufommamut - Emperium