As Crianças que Encontraram um Lar

As Crianças que Encontraram um Lar

Uma professora foi a um convento para ensinar crianças que viviam nele desde o seu nascimento.

Ao chegar ao portão notou que o lugar, mais parecia um casarão abandonado, que á um convento. Procurou por uma companhia, mas não existia, o que havia eram matos secos por todos os lados. Aquele convento transmitia um ar sombrio de abandono total. Como ninguém apareceu, ela começou a gritar! Alo tem alguém ai. De repente surge uma senhorinha apoiada em uma bengala. Bom dia! Sou a professora. A senhorinha nada disse, apenas virou-se e começou a andar em direção a porta, ela simplesmente a seguiu. Quando já estavam dentro, perguntou! Posso conhecer as crianças, a senhorinha a olhou e apontou a porta que estava a sua frente! Ela dirigiu-se até as crianças e quando abriu a porta, ficou pasma com o que estava vivenciando. As crianças pareciam não tomar banho há muito tempo, suas roupinhas não mais tinha cor, aquela cena a deixou triste, porque não só o lugar, mas as crianças também apresentavam uma vida de abandono total.

Quando a viram, correram em sua direção e começaram a gritar! tira-nos daqui, tira-nos daqui, ao meio aquela gritaria, ela não sabia o que dizer a elas, mas por sua vez, parou, respirou e disse! Calma tudo vai dar certo, estou aqui para cuidar de vocês, não vou abandoná-las, e perguntou?

Aqui tem água? Elas disseram! Só no poço. Onde fica? Siga-nos, e foram todos para o local.

Ela pegou um balde que havia ao lado do poço e o encheu levando ao fogão de lenha para aquecer a água. Uma a uma, ela banhou e cuidou de seus cabelos e suas unhas. Após todas vestidas dignamente pediu que mostrassem onde ficava a dispensa, para poder preparar uma bela refeição e alimentá-las.

O primeiro dia! Foi muito cansativo, mas ela se sentiu aliviada após ver todas bem cuidadas, Ao escurecer todas se recolheram e quando já adormecidas ela sentiu a necessidade de tornar aquele local com vida, luz e alegria.

Na manhã seguinte, as crianças pareciam ter acordado de um sonho, foi o que relataram. Após servir o café da manhã, ela as levou para fora e começaram a retirar os matos secos pedindo que deixassem os verdes e assim o fizeram. Após limparem o terreno como premio, todas ganharam um forte abraço. Em pouco tempo naquele lugar sombrio e sem vida, brotava um lindo jardim com crianças felizes.

Achando estranho o comportamento da senhorinha, que nunca saiu de seu aposento desde a sua chegada, perguntou as crianças, onde estavam os adultos? Elas se olharam, de cabeça baixa, dizendo! Não existe mais ninguém, todos se foram. Ela perguntou! E quem era a senhorinha apoiada a uma bengala que veio me receber no portão? Ela foi a ultima a partir, foi na semana passada, e nos á enterramos no fundo do convento.

Diante aquela revelação, a professora entrou em prantos. Após o desabafo olhou para elas e disse! Vou tira-las deste lugar e levá-las para minha casa, até encontrar um lugar para cada uma de vocês.

Mas como elas já estavam crescidinhas, ficou difícil arrumar adoção. Sem saber o que dizer a elas, tomou frente a situação e resolveu adotá-las e jurou torná-las adultas felizes, conscientes e respeitadas perante a sociedade.

E assim o fez!

28/Junho

Por: Noêmia Jambo

Embaixadora da Poesia Noemia Almeida
Enviado por Embaixadora da Poesia Noemia Almeida em 28/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3750233
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