A MORENA DE NARIZ ARREBITADO

Na fazenda a moreninha ficava horas ouvindo o barulhinho das águas, do vento e dos animais. Não ficava um dia sem visitar o seu encantador Rio da felicidade, colocando os seus pezinho no fundo da água que acariciava os peixes. E quando derramava as cores do arco-íris era uma festa, só alegria, a morena também, não conseguia parar de pensar. Passava às vezes horas contemplando a natureza, e escutava atenta o relato de cada uma delas, os pássaros que cantavam e ela interpretava toda sorridente... mas era conhecida como Nariz Arrebitado pela sua beleza e sinceridade nas conversas e verdades.

A chuva, com as nuvens se misturavam para molhar a bela morena e a entendia, na sua vida não existia mentiras ou historinhas de fantasias... Subiam juntas à superfície para passear, parecia ter vontade de chorar, sentia uma enorme angústia... E ao nadar com sua amiga, percebeu o Rio sua tristeza, por quê a cada banho que tomava a felicidade voava em forma de cores e canções... Disse sua amiga com o coração apertado parando de brilhar.

- O que aconteceu? Sentir tua angustia ao se banhar e angustiado estou.

Calada continuo com as lágrimas a encher em bolhas... Após longa insistência, triste e quieta, resolveu contar.

- Meu apelido onde moro é Nariz arrebitado

O rio parado ficou, sem movimentos e argumentos e ligeiramente brilhou. Sabe morena atrás de uns rochedos existem toda a sua aventura e flutuou com ele até a tempestade passar. Queria ajudá-la!

A lua e as estrelas sumiram do céu e começaram a surgir trovões e relâmpagos para alegra-la. Dia especial parecia nunca chegar, mas de repente a Morena sorriu, o céu ficou dourado com nuvens rosadas. Ela ficou maravilhada com o que via.

Agora respirava tranquilamente a natureza, pois voltou a felicidade... Disse a morena:

- Sendo assim, um coração bom, e de amor verdadeiro não se destrói com palavras falsas... Não me importo com meu apelido, prefiro ser verdadeira do que falsa com capa.

Orgulhosa no caminho de volta para casa os passarinhos do céu inteiro cantava uma canção nova e pura... Dizia assim: -Quando pedras lhe atirarem construa uma estrada de conhecimento e valor, se fizerem cair, não chore, tens valor, preciosa enfeitas nosso jardim.

Entendeu a morena e voou belamente sobre a sua cidade e todos gritavam espantados pela bela miragem, descobrindo que a alma não envelhece e precisamos viver.

E reconheceram que não tinha nariz arrebitado como dizia e dançou com ela em harmonia. Exigindo que ela fosse chamada de seu belo nome Morena encantada, encantado a todos com verdades e felicidades iluminando a todos com seu meigo sorriso... Pousando nos dos ramos e cantando:

- A verdade é assim, não tem fim, não tem fim... Mentiras não é bom, julgar é crueldade, vivo da verdade... Com toda felicidade!!

E, quando acabaram de cantar, elas voaram sem que ninguém pudesse impedir, a Morena esmeralda era mesmo um querubim.

22:09**02-04-2015**jey lima valadares**itagibá

Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 02/04/2015
Reeditado em 02/04/2015
Código do texto: T5192990
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