O Palhaço Geometra

O Circo Poliedro chegou à cidade e todos corriam para ver! A animação era tanta, que parecia morar naquele lugar três vezes mais pessoas do que realmente viviam ali.

O encontro das retas feitas pelas cordas bambas formavam os vértices, eram tantas retas e semirretas, que quando observadas com atenção, víamos se formar diante de nossos olhos vários polígonos: hexágonos, decágono, triângulos, pentágonos, heptágonos e outros. Era lindo de ver! Tantas cores, tantas formas!

No picadeiro o mágico fazia as planificações se transformarem em sólidos poliedros compostos de faces, arestas e vértices, e também não poliedros – esferas, cilindros e cones.

O Palhaço Chacrinha e o Palhaço Geometra entravam no picadeiro fazendo piruetas de 360° graus, suas pernas e braços formavam ângulos agudos – menores que 90°, retos- de 90°, obtusos – maiores que 90°, rasos de 180°, e ângulos nulos. O Leão Pescocinho cortava a circunferência (a superfície limita por ela forma o círculo) feito pelas piruetas dos palhaços Chacrinha e Geometra em raios e diâmetros.

Tudo no Circo Poliedro era encantador, o integrante responsável pela armação, era tão bom arquiteto que parecia uma obra feita por Oscar Niemayer, calculava a área e o perímetro de cada espaço do picadeiro minunciosamente, o que resultava naquela perfeição.

E assim, em toda comunidade que chegava era um sucesso e todos os moradores que iam assistir o seu espetáculo, saiam maravilhados com tamanha magia, mas o que nenhuma criança jamais esquecia eram as peripécias do Palhaço Geometra, e assim levavam o em suas memórias por todas as suas vidas.

Rose Glécia
Enviado por Rose Glécia em 03/08/2016
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