GATO/CAVALO COM RABO DE PORCO


Image result for imagem de gato para colorir

Zezinho, era um menino levado, saudável e dono de muita imaginação. Um belo dia, criou dentro da sua mente fértil, um tipo de ser fantástico, com cara de gato, corpo de cavalo e rabo de porco e, estando perto dele, o fazia dizer verdades...que nem sempre eram bem aceitas.

Sua tia Leila era uma mulher
corpulenta, Zezinho adorava se inserir nas dobrinhas da cintura dela, mas, quando estava perto do ser fantástico de seu imaginário, ele dizia que ela parecia um monte de pneus branquinhos, o que a magoava muito, mas, ele nem percebia. Seu tio Augustinho, era um cara muito alto e possuía um bigode ​imenso, até curvava as pontinhas para ficar mais estiloso, perto dele, Zezinho se comportava mal, dizia que a palha de aço da avó era mais bonita que aquela cara magra bigoduda, e o tio ficava triste com isso, e por aí vai...


Image result for imagensns de gato cavalo e porco para copiar

Zezinho não era uma criança mal educada, mas, depois desse ser que sua mente criou, ele ficou muito estranho, cabisbaixo, vivia pelos cantos, até que sua doce vó Maria do Céu, um ser iluminado, resolveu trazer a afilhada Martinha, que era da mesma idade de Zezinho e que morava no interior de Minas Gerais, para passar uma parte das férias com eles, pensou que assim, talvez, desfocasse o neto desse tal ser fantástico, que estava alterando demais, o comportamento dele, pelo menos era uma ideia, esperava que desse certo.


th?id=OIP.Mab67d57511726299c5993d7a431f7129o0&w=170&h=140&c=7&rs=1&qlt=90&o=4&pid=1.1

Tomou logo as providências para buscar a menina.

Uns três dias depois, chega à casa Martinha, uma menina delicada, sorridente, festiva, uma linda ruivinha de sardas e olhos azuis, simpática que só. Zezinho, ainda não conhecia a menina. No primeiro momento, Zezinho se mostrou arredio, o tal ser de sua imaginação, fez com que ele implicasse com as sardinhas dela, a chamava de menina enferrujada de cabelos de fogo, ela parecia não se importar, não só com a implicância, como também, com ele próprio. Ficava brincando sozinha, sendo suave, risonha e acarinhando a todos da casa, o que causava um enorme ciúme em Zezinho, que se sentia apartado de todos, ninguém lhe dava a atenção de antes.

Zezinho era pego de quando em quando, brigando com seu ser imaginário, pois no alto de seus seis anos, ele se achava o líder daquela dupla inusitada. Também no auge da mesma idade, Martinha teve uma atitude, que mudou o rumo dessa prosa. Numa manhã em que Zezinho, estava em franca discussão com seu parceiro da imaginação, Martinha, se acercou 'deles' e foi logo falando
- "Seu" gato/cavalo de rabo de porco, você é muito feio e está deixando todo mundo que ama o Zezinho, com raiva dele, vá embora logo, eu gosto muito do Zezinho, mas, você não me deixa gostar, ainda mais dele, aviso logo, se você não for pra sua casa, quem vai voltar pra casa sou eu, vou ficar com a Dinda Do Céu até você se mancar, e se foi arrastando sua delicada figura.

A simples menção da partida de Martinha, mexeu com o menino, até que gostava da sardenta, mas, seu amigo imaginário dizia que ela não era sua amiga, o que não era verdade, resolveu então, dar um tempo nessa amizade que o estava afastando de todo mundo, foi pro seu balanço de pneu e chamou Martinha pra brincar com ele, ela atendeu prontamente, se divertiram, no balanço, brincando de plantar cenouras, banho no tanque do quintal, até ao final da tardinha, quando a tia Leila, os chamou para trocar de roupa e lanchar, tudo na mesa cheirava bem demais, café com leite, pão de queijo, biscoito de nata, queijo fresco e uma torta de amoras com creme que enchia a boca d'água.

Tudo fluía na mais perfeita paz, na hora de deitar, a vó do Céu falou baixinho com os pais e tios do neto
- Vocês perceberam que o Zezinho, nem deu conta do amigo imaginário! Acho que a chegada da pequena, fez bem a ele, queira Deus, ninguém aguentava mais aquele ser que o tornava tão bobo, vamos dormir, amanhã é outro dia.


O novo dia acordou radiante, todos já estavam juntos na mesa para o café da manhã, mas, nada de Zezinho, de repente ele entra correndo, esbaforido e gritando
- Martinha, Martinha! Você pode ficar ele já foi embora, eu o vi saindo com raiva, pelo portão.






imagens - fonte - google
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 28/08/2016
Reeditado em 09/06/2017
Código do texto: T5742369
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.