O PASSEIO..

Num daqueles domingos animados

O casal José e Josefina se levantaram

Se arrumaram, era dia de passear

Josefina se olha no espelho, admirada com a sua beleza.

- Grita:

- José! José! Joséeeeeeee......

O pobre José que estava calçando as botinas corre apressado colocando um palmo de língua de fora.

- O que foi mulher? A casa tá pegando fogo? Uma barata entrou embaixo da sua saia? Fala!.. fala! Estou ficando nervoso, dizia José eufórico.

Josefina nada respondia, se balançava prá lá, pra cá, com um sorriso alargado no rosto mostrando os quatro dentes que restavam,

O que deixava José mais confuso.

- Já sei! – disse José,- O bicho que entrou foi embora e esse sorriso todo é pela minha elegância. Completou José arrumando a gravata.

Josefina trancou o sorriso, pegou a bolsa, a sombrinha e foii saindo sem nada responder.

- Mulher me diga logo porque gritou tanto e quando encontro esse sorriso de derreter gelo. Perguntou José correndo atrás de Josefina.

Josefina virou-se- Você é um..... Oras.... Eu gritei pra você vim ver as minhas elegâncias e nem reparou como estou linda!- Disse passando a mão no vestido de seda esvoaçante,

José tentou remendar a sua deselegância mas se deu mal.

- Mulher você está radiante, mas não acha que está muito enfeitada. Perguntou gaguejando.

- Vamos logo a festa já deve ter começado e o parque muito cheio- concluiu José.

Josefina gargalhou!- Eu quero ser a mais linda e causar inveja com o seu brilho.

E saíram de braços dados José e Josefina, quando passavam era um espicha, espicha de olhos. Josefina empina os peitos e andava flutuando achando que estava sendo cobiçada. Quando os olhares eram de criticas devido aos enfeites que ela trazia.

Na cabeça flores amarelas, brincos grandes, colar de bola vermelha, os braços cheios de pulseiras. O vestido de seda dourada com uma faixa azul dando um enorme laçarote nas costas. Ainda trazia uma bolsa no braço, uma sombrinha e um leque. Os sapatos eram todo de perolas prateadas. Assim ela finalizou o seu traje.

E seguiam pelas ruas, mas, ao chegarem ao parque, não tinha ninguém, sentara, esperara, esperaram, a tarde se foi, a noite chegou e ninguém apareceu.

- Onde foram todos? Indagou Josefina decepcionada.

- Não sei mulher, deixa eu ver o convite. E tira José um papel do bolso do paletó.

- Veja mulher! Veja! Disse afobado por não saber ler,

Josefina pegou o papel e leu alto. A festa havia terminado as cinco horas da tarde, mas era em outro local no parque do outro lado da cidade,

Desanimados olharam a lua como se sorrisse para eles e de braços dados voltaram para casa.

Autoria- Irá Rodrigues

Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 11/09/2018
Código do texto: T6445908
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