O OUTONO CHEGOU

As folhas caiam deixando as árvores peladas, o lago secava, os animais entristeciam por falta de comida e água para beberem.

O urso por ser o chefe da floresta apurou o faro, sentiu o cheiro de comida e água fresca, então resolveu sair bem cedo para explorar a região, andou por varias horas, ao chegar do outro lado do bosque viu que por ali chovia a floresta estava verde e água corria em abundância,.

Como a noite não demoraria a cair, o urso resolveu procurar um lugar seguro para dormir, assim sairia bem cedo para levar a grande noticia de que todos poderiam se mudar para aquele paraíso onde tudo seria fartura.

Quando viu entre uma clareira um acampamento, andou desconfiado olhando em todos os lados, deu uma volta olhou pela janela aberta, o acampamento estava vazio, abriu a porta, entrou e foi direto até o fogão, ao perceber que fazia tempos que não aparecia ninguém por ali resolveu passar a noite no abrigo, abriu a sacola tirou o último pedaço de carne comeu, bebeu água e foi se deitar, pois precisava partir bem cedo antes que o sol despertasse, assim poderiam retornar ainda aquele dia.

Adormeceu feito uma pedra quando acordou se espreguiçou, olhou para o morro e viu que descia que chegava um pé de vento daqueles de arrancar folhas dos galhos e fazer passarinhos fugirem para um lugar seguro.

O pobre do urso viu que chegaria logo uma tempestade, olhou para o telhado com vários buracos, olhou para a s paredes de taipa e sentiu um arrepio era muito fraquinha e se não fugisse dali bem apressado iria subir pelo ar junto com a cabana. E foi o que fez saiu dali como um raio em busca de um local seguro.

Por sorte encontrou uma fenda num rochedo e se enfiou sem mesmo pensar no que poderia encontrar lá dentro, queria apenas se proteger daquele pé de vento que com certeza não teria pena de um pobre urso.

E logo o vento chegou à maior estripulia, passava em frente a fenda onde estava encolhido levando gravetos, folhas e até alguns objetos maiores que não sabia do que se tratava.

E logo atrás vinha a maior tempestade, a manhã se foi a tarde chegou, a chuva caia tão forte alagando os campos, enchendo o riacho, os trovões clareavam a pequena gruta, o urso estava protegido e cansado adormeceu.

Quando despertou, esticou as pernas, coçou as orelhas, espreguiçou bocejando, já era noite e não tinha como se aventurar naquele mar que se formou em volta do rochedo, melhor esperar o dia para poder partir.

E assim o dia acordou despertado com o sol que brilhava, passarinhos cantavam alegremente, o urso olhou a sua volta, a água que se formou durante a tempestade havia se secado, apenas o riacho se alargou engolindo um bom pedaço do caminho.

E saiu bem contente de volta para a sua família, o caminho estava diferente havia árvores meio tortas outras caídas, ninhos de passarinhos despencados dos galhos,..

Eu sou um urso preciso deixar de bobagem e aproveitar melhor o dia agora que tudo se acalmou e quando viu uma colmeia ali dando sopa nem pensou duas vezes avançou para degustar os favos de mel.

De barriga cheia, arrotou, correu até o riacho tomou banho se sacudiu, sentiu uma canseira, deitou um pouco tirou uma soneca, de repente assustado lembrou-se de que precisava chegar em casa ainda com a luz do dia e partiu cantarolando...

Autoria- Irá Rodrigues

Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 15/09/2018
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