O RATO QUE MORAVA NO PINICO

Teco era um ratinho travesso e muito do atrevido, discordava de todos e nem aos pais obedecia. E assim com as suas teimosias gostava de infernizar o pobre do gato que dormia tranquilo na sua casinha ou até na janela o rato subia puxava o rabo e saia em disparada se escondendo em seu pinico, lugar onde o gato se recusava a chegar perto pois ficava bem ao lado da toca da onça que sempre protegia aquele sem vergonha.

Os pais Dom Ratão e dona Ratinha estavam cansados de alertar o filho para não provocar o gato, uma hora ele cairia nas garras afiadas, o atrevido do rato gargalhava confiando em sua esperteza.

Certo dia o gato dormia com o rabo pendurado na almofada e logo o rato pensou:

- Vai ser bem divertido dar uma mordida nesse rabo peludo e sair correndo. Jamais o gato vai conseguir me pegar. Tenho as canelas pequenas, mas são ligeiras. Gabou-se o rato.

Quando chegou bem pertinho quase morre de susto, sua sorte foi a chuva que caiu e como o gato não gostava de molhar seus pelos macios ele saiu em disparada com a língua de fora até se sentir seguro em sua casinha.

Antes de respirar aliviado o pai pegou pela orelha dizendo;

- Se não parar com as suas malandragens você vai morar com seus avós no reino das ratazanas e de lá só vai sair acompanhado.

O rato malandro prometeu não ser mais desobediente, pois não queria se afastar da sua casa ao lado dos pais.

Depois daquele alerta o rato aprendeu que a desobediência só pode trazer problemas e que deveria ter cuidado e não ficar infernizando o pobre do gato.

Autora Irá Rodrigues