ROTINA DO SÍTIO.

Quando o dia amanhece, antes de o Sol aparecer, o galo abre o bico, estufa o peito e desperta o galinheiro.

O inverno chegou, Adamastor ficou resfriado, o canto não saia, a garganta arranhava, nem do poleiro desceu. As galinhas estavam preocupadas com o sumiço do galo.

- O que aconteceu? O Adamastor é o primeiro a chegar no terreiro.

- Deixe comigo. Disse a galinha Zezé, vou correndo saber do acontecido e volto para trazer notícias.

Chegou na porta, olhou desconfiada, - Onde se meteu esse galo? Será que uma raposa levou? Quando já se virava para sair, ouviu um gemido, entrou correndo , lá estava o pobre galo ardendo em febre, a crista caída, os olhos lacrimejando.

Sem esperar voltou assombradas e gritando sem parar.

-Corram! Corram! Chamem o doutor perú. O Adamastor está morrendo, acudam.. Gritava correndo pelo terreiro

O doutor logo chegou, todas as galinhas correram e logo lotou a frente do poleiro. A tristeza tomava conta, o medo de perder o amigo fez com que todas as galinhas não colocassem ovos naquele dia. O que causou o maior alvoroço. Se passou um dia e uma noite, as galinhas não dormiram.

Quando o dia nem pensava em acordar o galo Adamastor festejou a sua vida com o melhor e mais alto canto que consegui. E assim o dia foi de festa. As galinhas desandaram a botar se possível colocariam até dois ovos para recompensar a felicidade que estavam sentindo aí ter o Adamastor de volta comandando o galinheiro.

Autoria Irá Rodrigues.