O sorrir de uma pequena menina.

Existia uma pequena garota que sempre ficava sozinha, vivia de sua imaginação, que a levava sempre para lugares distantes, onde o mundo era puro e sem nenhum defeito. Mesmo sendo tão sozinha e pequena, a garota vivia a sorrir, pois pensava ela que se todos a vissem sorrir poderiam ficar felizes.

Um dia ela estava a passear com seu único amigo o seu “pequenino” ursinho, para os outros ele era apenas um pedaço de pano, mas para ela, ele era alguém que sempre lhe ajudara quando se sentia sozinha ou triste.

Ela caminhava em direção ao parque, como era muito tímida costumava ficar em um canto isolada brincando com seu ursinho, ela falava com ele como se fosse uma pessoa e imaginava que ele se mexia e falava, enquanto estava à brincar, alguns meninos chegaram, olharam aquela cena e começaram a gritar e caçoar: “menina doida, menina doida” ela olhou para eles e continuou sorrindo, tentava imaginar que não estava ouvindo aquilo, enquanto agarrava firme seu “amiguinho”.

Os garotos cada vez mais continuavam a caçoar, ate que um deles puxou o cabelo dela e pegou seu ursinho, eles começaram a jogá-lo de um lado para o outro para fazer a menininha correr atrás dele, ela ao olhar aquela cena, ao ver que seu único amigo havia sido levado abraçou suas pernas e começou a chorar, pensara que não havia mais ninguém no mundo que se importava com ela e que seu único amigo agora estivera distante.

Foi quando ela ouviu uma voz, alguém lhe dizia “este ursinho e seu?”, ela ergueu sua cabeça, estava muito corada e muitas lagrimas escorriam de seu rosto, e ela ouviu novamente “esta ursinho e seu?” ela apenas viu seu pequeno amiguinho em sua frente, o pegou e o agarrou o mais forte possível, olhou para cima para ver quem havia salvo seu amiguinho.

Era um garoto, ao olhar ficou muito corada e abaixou sua cabeça novamente, ele por sua vez se abaixou e colocou a mão em seu rosto e falou “Você fica muito mais linda quando sorri.” ela levantou sua face e o olhou, estava sorrindo, o abraçou firmemente, não queria mais largá-lo, se debulhando em lagrimas falou “o..obrigada!” ele sorrindo respondeu “não há de que”.

A garotinha havia percebido que ganhou finalmente um amigo, alguém que poderia contar todas as horas.

E sabia que não importava como, seu sorriso nunca mais sairia de seu rosto.