Criança brasileira detetivesca

Juvenal e sua família passeavam pelos Estados Unidos. Algo inusitado havia ocorrido na praça onde pretendiam tirar fotos: dezenas de policiais analisavam provas em torno de um corpo para tentar descobrir a causa da morte. Toda a elite da polícia, muito bem equipada e com toda a área isolada, tirava fotos e se perguntava inquietantemente sobre a causa do crime, tendo nenhuma indicação aparente da causa.

Luís, o jovem filho de Juvenal, chamou a atenção de seus pais para a cena e comentou:

_ Olha! Que azar! O cara foi passar justo na hora em que o braço da estátua caiu, atingindo sua cabeça.

Surpreso, o pai percebe a ausência do braço na estátua próxima à cabeça do cadáver, assim como o afundamento no crânio da vítima. Lembrando-se da estátua como era no dia anterior, Juvenal remonta em sua mente o próprio comentário sobre a rachadura que havia notado: “Isso ainda vai ceder...”. Perplexo, o pai protege:

_ Vamos, filho. Não olhe para isso...

Horas depois, percebidos os cacos do braço da estátua jogados em torno da vítima, os policiais dividiam suas opiniões sobre a audácia do assassino depredador de pontos turísticos. Com ar triunfante, o delegado dá uma entrevista no próprio local do crime, onde fala sobre o novo matador em série que marca seus atos com um pedaço de estátua arrancado e destruído.