O  remédio


Josué, era filho único de Dona Antônia.Ele fora criado com desmedido amor, refinado conceito de educação e elevado sentimento de
justiça. Ficara órfão de pai aos sete anos.
Agora, aos 40, vivia bastante triste e até
mesmo revoltado, pelo doloroso drama    que
o  envolvia.

Sua mãe adquirira câncer de mama e se encontrava  em estado terminal.  Desempregado,
o jovem não dispunha de recursos para oferecer
um melhor tratamento à ela. E isso muito o incomodava e afligia.

O estado de Dona Antônia, agravara nos últimos
dias e, ela necessitava tomar um medicamento
que minimizasse seu sofrimento cruel. Acontecia, o seguinte: o referido remédio só
estava disponível para  venda, num único 
estabeleciento do gênero, cujo, alcançara o
alto preço de R$ 1.000,00.
Josué, então, agiu por todos os modos e meios
legais para adquirí-lo, mas sem êxito. 
Notando a  sua mãe, em doloroso processo de 
sofrimento, ele partiu para algo fora de seus
mais sólidos princípios. A tresloucada  ação
encontrada para  sanar o problema, fora, tomar
de  assalto o estabelecimento, na calada  da
noite. O que  foi  feito.
Apesar do inconseqüente esforço, dias depois sua mãe morrera.
Passados alguns meses, o furto fora descoberto, Josué acusado e preso.

-Por sua ação criminosa, porém, carregada de
nobre pendor humanitário, assim como de testemunho do mais puro amor filial, merecerá
ele, Josué, o castigo da condenação dos homens?


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jray
Enviado por jray em 09/08/2008
Reeditado em 12/08/2008
Código do texto: T1119796