A História da Mulher Buldogue

Conheci a Mulher Buldogue numa quadra do verão de dois mil e seis. Vivíamos as férias numa praia, de belos dias ensolarados e cores claras. Era desses meses quando nos apaixonamos por qualquer coisa. Ela dormia à beira mar, o pouco da brisa coçando aquelas nádegas firmes porém macias.

Mas ela não era só isso. Era também um par de seios volumosos, que desproporcionavam o corpo inteiro, escondendo-se num biquini com gosto de lençol. Fui até a moça urgindo minha cara de pau desregulada.

Não queria, nem esperava, nada além dumas poucas palavras de esperança, apenas uma coisinha para semear os sonhos antes de dormir à noite, quando a escuridão caísse.

E lá nela disse, Oi. A sereia sorriu, sem se mexer ou responder, em nove segundos de pura agonia. Depois, arrastando-se com as mãos e joelhos, na sombra que se dava nela, veio até minha canela e deu uma mordida virtuosa, onde me foram dados dez pontos no pronto socorro.

Nesse dia eu aprendi que do amor vem as caneleiras.

João Das Rosas
Enviado por João Das Rosas em 04/09/2008
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