O último degrau do hall

Quando passou a corrente em volta das grades do portão e fechou o cadeado, não deu muita importância; apenas percebeu alguma coisa estranha.

'Por que agora ser obrigada a usar pesados recursos para me defender de quem deveria, em princípio, ser meu protetor?'

Mas, também, convenhamos... nunca ele havia protegido ninguém de nada. Com ele nunca pôde contar. Para nada.

... era bem assim. Não havia escolha. Todas as alternativas haviam sido experimentadas. Cadeados; trancas; até telefones trocados.

Ainda olhou as árvores que majestosa e belamente floresciam naquela época do ano. Apagou a luz da entrada.

Levantou o pé para subir o último degrau do hall.

Tudo foi rápido demais.

Ninguém nunca descobriu de onde viera o tiro.

lilu
Enviado por lilu em 05/09/2008
Reeditado em 04/10/2009
Código do texto: T1162355