Esperança furtiva

Ela sentou-se frente à porta, noite alta, decidida a esperar. Os únicos que entraram e saíram foram o sol, com a manhã e o gato, depois de comer.

Em vão esperou a esperança; a espera de horas se fez dias e até para ir ao banheiro era difícil por que suspeitava que era justamente nessas horas que a esperança entrava, furtiva, e saía sem nunca tocá-la ou dar-lhe satisfações.